Sem renúncia, saída para crise é julgamento do TSE, avalia Simone
TSE vai julgar a chapa Dilma/Temer a partir de 6 de junho
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) afirmou que sem a renúncia do presidente Michel Temer (PMDB), a única saída para crise em Brasília, está no julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que vai avaliar as contas da chapa Dilma/Temer, na campanha de 2014. Ela ponderou que o Brasil "não aguenta mais um impeachment".
"A única saída é este julgamento (TSE), não vejo outra, já que o presidente teve a decisão pessoal de não renunciar, além disto, existe um consenso entre os parlamentares da base aliada, que o Brasil não vai aguentar um novo processo de impeachment, pelo desgaste e tempo gasto", explicou.
A senadora contou ao Campo Grande News que sua postura no parlamento tem sido de não criticar e sim de pensar no que será melhor ao País, neste momento. "Não vou colocar mais lenha na fogueira, e sim apagar o fogo, mas isto não quer dizer que eu faça defesa ou ataque e sim pensar na melhor solução ao Brasil", disse ela.
Simone ponderou que os senadores e deputados (federais) precisam ser "racionais" neste momento de denúncias - após a delação dos donos da JBS - e deixar que o Poder Judiciário tome as decisões sobre os acusados, assim como ao presidente Michel Temer. "A Justiça vai nos dar o norte para seguirmos em frente".
O julgamento que pode cassar a chapa Dilma-Temer, será retomado no dia 6 de junho, sendo que o presidente do TSE, Gilmar Mendes, já definiu quatro sessões para análise dos processos, que serão realizadas nos dias seguintes, em Brasília. Esta ação foi proposta pelo PSDB, que na eleição de 2014, ficou em segundo lugar.
De acordo com o Ministério Público Federal, em encontro com Joesley Batista, um dos donos da empresa JBS, o presidente deu aval para que ele continuasse a pagar uma espécie de mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e o doleiro Lúcio Funaro, ambos presos, para que continuassem em silêncio. Temer nega as acusações e diz que a gravação foi adulterada.
Reformas - Para Simone Tebet as duas reformas que tramitam no Congresso Nacional, estão em situações diferentes. Em relação as mudanças nas leis trabalhistas, ela acredita que o texto será aprovado no Senado Federal, já que precisa de maioria simples. "Não se trata de uma PEC e sim projeto de lei, por isso precisa de quórum simples, consegue andar sozinha".
Ela ponderou que na próxima terça-feira (30), o projeto será votado na comissão especial e depois deve seguir ao plenário. Já sobre a reforma da previdência, ressaltou que a matéria "não tem jeito de andar", porque precisa de dois terços da Câmara dos Deputados, para ser aprovada em plenário.