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Política

Tesouro Nacional aprova empréstimo de R$ 120 milhões para Três Lagoas

Proposta ao BB prevê a liberação do dinheiro em 2 parcelas, com a primeira de R$ 60 milhões ainda em 2024

Por MS em Brasília | 08/04/2024 17:38
Paço Municipal de Três Lagoas visto de cima (Foto: Prefeitura de Três Lagoas/Divulgação)
Paço Municipal de Três Lagoas visto de cima (Foto: Prefeitura de Três Lagoas/Divulgação)

A Secretaria do Tesouro Nacional aprovou pedido de empréstimo de R$ 120 milhões à Prefeitura de Três Lagoas. A carta-proposta foi apresentada pelo município ao Banco do Brasil em outubro do ano passado.

A operação prevê a liberação dos recursos em duas parcelas, sendo R$ 60 milhões em 2024 e R$ 60 milhões em 2025. A transação terá carência de 12 meses, com prazo de pagamento de 120 meses.

Ao final do empréstimo, Três Lagoas terá pagado o total de R$ 185,8 milhões, ou R$ 65,8 milhões em juros, demais encargos e comissões. O valor financiado terá correção anual com base nos Certificados de Depósito Interbancários (CDI), acrescida de sobretaxa efetiva de 1,64% ao ano.

Além de Três Lagoas, o “resultado das análises de custo de operações de créditos com garantias da União” traz outros 25 pedidos de empréstimos a Estados e municípios.

De acordo com o Tesouro, o processo do município sul-mato-grossense foi encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) com “manifestação técnica favorável”.

Um dos indicadores avaliados pelo Tesouro é a Capacidade de Pagamento (Capag). Pedidos de aval da União feitos por municípios com nota C e D, como a capital Campo Grande, são, automaticamente, reprovados. Nesse quesito, Três Lagoas tem nota B.

O MS em Brasília procurou a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Três Lagoas por dois dias para obter mais informações sobre a proposta, como onde serão investidos os recursos solicitados, mas não recebeu retorno até o fechamento deste material.

No entanto, de acordo com a autorização legislativa, o dinheiro será aplicado em infraestrutura, como pavimentação, drenagem, acessibilidade, além de custear despesas com a contratação de projetos, estudos e consultorias.

Pouco tempo - Por ser ano eleitoral, a legislação impõe limites aos gestores públicos, que precisam traçar estratégias para acelerar a liberação dos recursos previstos em empréstimos, como é o caso de Três Lagoas.

O artigo 15 da Resolução nº 43/2001, do Senado Federal, veda a contratação de operação de crédito nos 120 dias anteriores ao final do mandato do chefe do Poder Executivo do Estado, Distrito Federal ou município.

Com isso, o prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro (PSDB), tem até agosto para concretizar a transação com o Banco do Brasil. Depois desse prazo, há possibilidade de contratar operações dessa natureza, mas a efetivação só ocorrerá no ano seguinte.

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