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Política

Vereadores aprovam reajuste nos próprios salários e abono de Natal

Helio de Freitas, de Dourados | 16/12/2014 14:50
Vereadores de Dourados durante a última sessão ordinária do ano, realizada hoje (Foto: Eliel Oliveira)
Vereadores de Dourados durante a última sessão ordinária do ano, realizada hoje (Foto: Eliel Oliveira)

Os vereadores de Dourados, a 233 km de Campo Grande, fizeram hoje a última sessão de 2014 e para encerrar o ano legislativo eles decidiram se presentear em plenário, aprovando aumento do próprio salário e a criação de um “abono de Natal”, uma espécie de 13º, que começa a ser pago em 2015 aos 19 legisladores do município.

Com a aprovação dos projetos, os vereadores douradenses continuarão ganhando o equivalente a 50% do vencimento de um deputado estadual de Mato Grosso do Sul, que por sua vez tem salário mensal de 75% do valor pago a um deputado federal. Atualmente o salário de um vereador da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul é de cerca de R$ 10 mil brutos por mês.

Como a Câmara Federal ainda não decidiu de quanto será o salário a ser pago a partir de janeiro, os valores tanto para deputados estaduais quanto para vereadores ainda estão pendentes. Atualmente um deputado federal tem salário de R$ 26,7 mil e existe movimento na Câmara trabalhando para esse valor subir para R$ 33,7 mil.

Independente de qual será o valor a partir de 1º de janeiro, cada vereador de Dourados vai receber em 2015 um 13º salário, a ser pago sempre no mês de dezembro. Como não possuem o abono, os legisladores douradenses aprovaram hoje a criação da “gratificação natalina”.

Tanto na votação do projeto do aumento quanto do abono de Natal não houve discussão em plenário e a apreciação das matérias ocorreu em poucos minutos. Apenas os vereadores Cido Medeiros (DEM) e Elias Ishy (PT) votaram contra o aumento dos próprios salários.

Já a criação do 13º salário teve seis votos contrários – Cido Medeiros, Elias Ishy, Delia Razuk (PMDB), Alan Guedes (DEM), Marcelo Mourão (PSD) e Virgínia Magrini (PP).

Veto derrubado – A sessão desta terça, encerrada por volta de 13h, marcou também uma derrota ao prefeito Murilo Zauith (PSB), que teve derrubado seu veto à matéria aprovada pela Câmara barrando a cobrança de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) nos distritos.

O veto caiu por 13 votos a seis e boa parte da base de apoio votou contra o Executivo. Nessa questão houve intensa discussão em plenário e os vereadores levaram quase 40 minutos para concluir a votação.

Até mesmo o líder do prefeito na Câmara, Madson Valente (DEM), que reside em Vila Vargas, criticou a intenção da prefeitura de mandar os carnês de IPTU para os moradores dos distritos. A discussão dividiu a base aliada, já que os vereadores Marcelo Mourão e Maurício Lemes Soares (PSB) defenderam a manutenção do veto.

A bancada rural, aliás, teve papel fundamental na derrubada do veto. Além de Madson Valente, representam os distritos os vereadores Alberto Alves dos Santos, o Bebeto (PDT), Silas Zanata (PV) e o presidente Idenor Machado (DEM). Os três também votaram pela derrubada do veto e contrários à cobrança de IPTU nos distritos.

O pastor Sérgio Nogueira (PSB) é outro que passou a reforçar a bancada rural na Câmara de Dourados. Ele reside atualmente no distrito de Vila Vargas e também foi contra o veto.

Além da sede, o município de Dourados tem conglomerados urbanos em Panambi, Vila Vargas, Vila São Pedro, Macaúba, Formosa, Itahum e Picadinha.

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