Vereadores indicam que reforma de Marquinhos será aprovada domingo
Prefeito eleito e vereadores terminam reunião em consenso: "vamos trabalhar juntos por Campo Grande"
A intenção de Marquinhos Trad (PSD), de conter gastos imediatamente ao assumir o comando da prefeitura da Capital, foi recebida com bons olhos pelos vereadores em reunião que terminou no fim da tarde desta sexta-feira (20). Por mais de duas horas, o prefeito eleito apresentou a estrutura administrativa que pretende implantar com a redução de secretarias e, ainda, extinção de 30% dos cargos em comissão, que não passará, segundo ele, de 700 vagas.
Trad chegou à casa de leis às 16h20, acompanhado de sua vice Adriane Lopes (PEN) e às 19h, após o encontro à portas fechadas, anunciava oficialmente à imprensa que a reforma administrativa seria votada em sessão legislativa extraordinária convocada pela presidência da casa para acontecer neste domingo (dia 1). "Os vereadores querem trabalhar por Campo Grande e precisam de um prefeito que dialogue com eles. Era isso que estava faltando e que não falta mais", declarou.
Do outro lado, não foi diferente. O presidente da casa, vereador João Rocha (PSDB), elogiou o embasamento técnico do projeto que prevê um enxugamento e maior economicidade. "Bem elaborado, reorganiza a prefeitura. Foram estudadas diversas situações e foi bem aceito pelos vereadores". Mais que isso, o tucano falou de postura. "Acho extremamente positiva a atitude do prefeito, demonstrando como tem que funcionar a relação entre o Legislativo e o Executivo, demonstrando vontade política de acertar".
No plenarinho praticamente lotado, estavam secretários do primeiro escalão que congregaram com os parlamentares do mesmo objetivo: trabalhar pela Capital de modo a equalizar finanças, tapar buracos, quitar folha de pagamentos, retomar licitações, desbloquear contas correntes e contratos com empresas prestadoras de serviços, regularizar repasses - seja a hospitais ou mesmo para a cultura - entre tantas questões urgentes.
Entre os vereadores presentes estavam o líder do novo prefeito na Câmara, Chiquinhos Telles, Eduardo Romero (Rede), Eduardo Cury (SD), Paulo Siufi (PMDB), além dos novatos João Cesar Matogrosso (PSDB), Wellington de Oliveira (PSDB), Lucas de Lima (SD), André Salineiro (PSDB), Dharleng Campos, entre outros.
Menos é mais - A proposta reduz de 13 para 11 o número de secretarias, além de diminuir de 10 para 8 as fundações, agências e institutos. Foram mantidas as secretarias de Gestão (antiga Administração), Educação, Saúde, Assistência Social, Segurança e Defesa Social, Governo e Relações Institucionais, Infraestrutura, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente e Gestão Urbana, além da criação da Secretaria de Cultura e Turismo e da Controladoria Geral de Transparência Pública.
Algumas secretarias terão alterações nas suas ações, como a de Meio Ambiente e Gestão Urbana. A parte de planejamento das questões ambientais ficará com a Planurb, enquanto que na Secretaria de Meio Ambiente irá funcionar a fiscalização e a execução dos projetos, antecipou. Já a pasta de Segurança, ganhou a nomenclatura de Defesa Social.
Fundações - No organograma se mantém a Funesp (Fundação Municipal de Esporte), a Funsat (Fundação Municipal do Trabalho), assim como a Emha (Agência Municipal de Habitação), Agência Municipal do Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação), Agereg (Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos) e Agência Municipal de Previdência Social.
Foram criadas as subsecretarias da Juventude, de Políticas para as Mulheres, de Defesa dos Direitos Humanos, de Administração Fazendária, além da Proteção dos Direitos do Consumidor.