ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 21º

Política

Zeca pede ao MPE que investigue sucateamento das ambulâncias

Em representação protocolada no MPE, vereador também solicita investigação para saber se dados da dengue na gestão Nelsinho Trad foram manipulados

Carlos Martins | 02/04/2013 15:43
Vereador Zeca do PT: "Cabe ao MP investigar responsabilidades pelo sucateameto de veículos da saúde" (Foto: Vanderlei Aparecido)
Vereador Zeca do PT: "Cabe ao MP investigar responsabilidades pelo sucateameto de veículos da saúde" (Foto: Vanderlei Aparecido)

O vereador Zeca do PT quer que o Ministério Público Estadual (MPE) investigue as responsabilidades pelo abandono de veículos da saúde localizados sucateados em oficinas da Capital e também se houve manipulação nos dados informados sobre a dengue. Nesta terça-feira, durante sessão na Câmara, o vereador informou que na última quarta-feira (27) protocolou na 29ª Promotoria de Justiça representação para que apure os dois casos. “Estou fazendo meu papel. Estou mandando pedir investigação. Cabe ao MP investigar e espero que o Ministério seja tão rápido e tão preocupado como era contra mim , contra meu governo, que investigava até denúncia anônima feita em papel higiênico”, cobrou

O vereador disse que acompanhou pela mídia as noticias envolvendo os veículos e também o próprio secretário de Saúde, Ivandro Fonseca, esteve na Câmara fazendo um relato. “O secretário veio aqui e falou horrores sobre isso, dizendo todas as barbaridades acontecidas. 70, 100, 120 viaturas da saúde, 70 ambulâncias entre elas. Segundo ele [o secretário], a maioria sem motor, sem turbina, sem nada. Isso é sério e tem que investigar”, disse Zeca do PT.

Na representação, ele diz que a saúde pública da Capital encontra-se em estado lastimável e que o descaso com o patrimônio público também concorre para o agravamento da situação. Segundo Zeca, a falta de manutenção dos veículos por parte da administração do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), “acarretará prejuízos imensuráveis ao erário e, sobretudo, à população”.

“As ambulâncias do Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] se apresentam em precárias condições de uso: pneus carecas, painel elétrico interno com defeito, pisos desgastados, faróis queimados, sistema de comunicação defeituoso (interna com o salão e com a central), equipamentos de segurança quebrados e etc. São mais de 70 veículos da Sesau em oficinas mecânicas á espera de manutenção...”, diz trecho da representação.

Dengue – Sobre os dados da dengue, Zeca do PT pede que o MP investigue se houve manipulação nos números divulgados. “Conforme gráficos da secretaria, até meados de janeiro eram de 15 a 20 notificações diárias. Quando Bernal assumiu, subiu para 500, para 700, para 1.000 casos. Ou os mosquitos da dengue são do PMDB e quando o partido perdeu as eleições vieram para cá em sinal de repúdio, ou então os número são manipulados”, ironizou, se referindo aos dados referentes ao período em que o peemedebista Nelsinho Trad ainda era o prefeito.

“Neste ano de 2013, a cidade de Campo Grande vive a maior epidemia de dengue, chegando a registrar no mês de janeiro mais de 600 casos por dia de pessoas com os sintomas da doença, atingindo um número de 7.697 notificações até a segundo semana do referido mês, quase o total de notificações do ano de 2012 inteiro, que atingiu o número de 8.040”, diz parte da representação.

Para o vereador, baseado na análise da evolução da doença, desde o primeiro semestre de 2012, ainda na gestão anterior, poderiam ter sido adotadas medidas de prevenção e combate á doença, no entanto, “a antiga administração se mostrou omissa”. Zeca diz que, conforme entrevista concedida pela secretário de Saúde, “no período de trabalho da equipe de transição já era conhecido que existiam 68 microáreas com 140 mil imóveis descobertos das ações preventivas, além de encontrar falta de pessoal, dos 414 agentes de endemia, sendo constatado mais de 40% de absenteísmo (ausência de trabalho), restando 115 agentes a menos”, escreveu Zeca. Para ele, isso contribuiu para o alastramento da dengue. Ao final, ele requere ao MP a “adoção de medidas cabíveis a fim de apurar o crime de improbidade por omissão e ás responsabilidades das condutas”.

Nos siga no Google Notícias