Distanciamento afeta comportamento de crianças
Dependência excessiva dos pais, desatenção, problemas no sono, falta de apetite, pesadelos e desconforto/agitação. Esses são os principais reflexos negativos que o distanciamento social imposto pela pandemia do corona vírus tem provocado sobre o comportamento de crianças e adolescentes. Os dados foram publicados em um documento do Núcleo Ciência Pela Infância, chancelado por instituições como Universidade de Harvard, Fiocruz, e Universidade de São Paulo.
A pesquisa que analisou 320 pessoas entre 3 e 18 anos, mostrou que, além da natural angústia provocada por uma doença misteriosa e avassaladora, as medidas de distanciamento social adotadas para diminuir o número de mortes trouxeram uma série de desafios para a primeira infância. Entre os principais sintomas, aproximadamente um terço dos participantes da pesquisa desenvolveram “dependência excessiva dos pais”; “desatenção” e “preocupação”. Outros desenvolveram sintomas como “problemas no sono” (21%), “falta de apetite” (18%) e “pesadelos” (14%).
Lidar com as alterações comportamentais de crianças e adolescente já não é tarefa simples em tempos normais, e em ambientes que estejam praticando isolamento social ainda mais. No entanto a publicação sugere estratégias que podem auxiliar a lidar com a situação. Estabelecer horários e manter rotinas no ambiente doméstico, por exemplo, são ações indicadas para dar segurança à criança.
Outras atividades que ajudam a estruturar o dia e estimulam a interação com a criança são: leitura e contação de histórias desenhar montar quebra-cabeças e outros jogos brincadeiras que podem ser feitas em qualquer local, como esconder um objetivo, batata quente, passa anel ou mímica ajudar nas tarefas de casa quando possível auxiliar no preparo de alimentos (de acordo com a faixa etária).
A pesquisa completa pode ser acessada no Portal de Boas Praticas da Fiocruz, disponível no link portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br.