No pós-pandemia, Brasil é preferência dos brasileiros
O pós pandemia e seus reflexos. Já é seguro viajar para o exterior? Essa é só uma das perguntas presentes no dia a dia do turismo. Mesmo com todas as flexibilizações, depois do avanço da vacinação no mundo, o receio existe, ainda mais quando a viagem exigirá ficar fechado dentro de um avião por até 10 horas ou mais. É uma preocupação real e necessária, afinal de contas é a nossa saúde que está em questão.
Pesquisa realizada pelo Instituto Kantar Ibope Media, divulgada esta semana pelo Ministério do Turismo, mostra que 77% dos viajantes brasileiros estão preferindo destinos nacionais, e os eventos sociais e culturais estão no foco das buscas onlines com crescimento de 406%. Entre os entrevistados, apenas 23% responderam ter preferência por viagens ao exterior.
De acordo com a pesquisa, os festivais e festas culturais típicas de cada região do Brasil impulsionaram um crescimento de 70% no volume de viagens na comparação entre os primeiros semestres de 2021 e 2022. No pós pandemia, os eventos culturais aumentaram de 8% para 23% sua participação no setor turístico brasileiro.
Cita como exemplo o Rock in Rio, que ocorreu durante o mês de setembro. O evento injetou cerca de R$ 1,7 bilhão na economia, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas. Já na última semana, o Círio de Nazaré – maior evento religioso do Brasil -, realizado em Belém, injetou cerca de R$ 100 milhões na economia, segundo estimativas da Secretaria de Turismo do Pará.
Não há como garantir para onde viajar com total segurança. O ideal é verificar se o destino da sua preferencia foi responsável o bastante sobre as regras de combate ao vírus durante a pandemia para ter a sua confiança. Não fazer a sua opção de olho fechado, só porque o país de destino é europeu ou os Estados Unidos, por exemplo.
Sobre a viagem de avião a maior preocupação é a circulação de oxigênio dentro da aeronave. Afinal, mesmo com tudo que já foi falado, entender como funcionam os filtros de ar dos aviões não é tão simples. A maior parte das companhias aéreas utilizam filtros de ar com tecnologia HEPA (High Efficiency Particulate Air), que auxilia na renovação do ar.
O sistema funciona verticalmente, puxando o ar por cima dos passageiros, retirando-o da aeronave e misturando-o com oxigênio reciclado antes de lançá-lo de volta ao interior da cabine, por meio de exaustores instalados no chão. Segundo especialistas, o processo é efetivo e garante a limpeza do ar, mas não previne 100%, já que interfere pouco no fluxo entre uma poltrona e outra, por exemplo.
Vale ter cuidados, afinal, prevenção nunca é demais, mas sem o mesmo nível de preocupação que vigorou durante a pandemia. Desde o dia 17 de agosto de 2022, a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Avisa) determinou o fim da obrigatoriedade do uso de máscara em aeroportos e nos aviões, ou seja, escolha seu roteiro, faça as malas e aproveite a vida.