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Passeio de contos de fadas às margens do rio Mosel

Paulo Nonato de Souza | 10/09/2022 08:46
O rio Mosel e suas incontáveis curvas entre as cidades de Koblenz e Trier, um passeio para fazer sem pressa – Foto: Reprodução
O rio Mosel e suas incontáveis curvas entre as cidades de Koblenz e Trier, um passeio para fazer sem pressa – Foto: Reprodução

Caminhar entre cidades da Alemanha às margens do rio Mosel, no Vale do Mosela, na Alemanha. Nas férias que se aproximam, na virada de 2022/2023, talvez você não queira se aventurar no rigoroso inverno alemão, mas quem sabe para quando passar a estação fria, a partir de março, abril até setembro, quando o clima fica bem mais acessível para os padrões de quem vive no verão quase o ano todo, já pode começar a planejar desde já seu passeio por castelos, vinhedos e vilas históricas e bucólicas em cidadezinhas de sonhos.

Quem já fez o passeio garante que, do começo ao fim da caminhada ou de barco pelo rio Mosel e suas incontáveis curvas, especialmente entre as cidades de Koblenz e Trier, a sensação é de entrar em um conto de fadas. Na paisagem da região do rio Mosela tem monumentos e castelos românticos, só isso já seria suficiente para encantar qualquer brasileiro, mas também tem a mais antiga região vinícola da Alemanha, onde se produz vinho branco feitos das uvas Riesling.

A região do Vale do Mosela fica no sudoeste da Alemanha com 544 km de extensão a partir da nascente do rio Mosel. O lugar tem uma tradição de mais de 2 mil anos na produção dos melhores vinhos brancos do mundo. São centenas de cidades e vilarejos, mais de 5 mil viticultores e mais de 70 milhões de videiras. O que mais se vê nas encostas das montanhas são vinhedos a perder de vista.

Se você decidir realizar o roteiro e optar por programar a sua viagem para entrar na Alemanha por Frankfurt, o ideal será iniciar o passeio pela cidade de Koblenz, que fica na confluência do rio Reno com o rio Mosel. São 156 km de belezas naturais e construções milenares até Trier, uma das mais antigas cidades alemãs, fundada pelos romanos há 2 mil anos.

A região atende as mais diversas preferências. “Cheguei lá com a informação de que se tratava de um passeio romântico, por conta da produção de vinhos, mas é muito mais do que isso. Tem muita história, muita natureza e muita gente fazendo caminhada de uma ponta a outra, desde Koblenz a Trier”, disse o campo-grandense Fernando Henrique de Almeida, que esteve no Vale do Mosela no verão europeu de 2019.

Acostumada a viajar nas férias de verão como mochileira, a alemã Rebecca Steinmann, que em 2010 fez intercâmbio em Campo Grande. Em 2020, sem poder sair da Alemanha por conta da pandemia de coronavírus, ela optou por fazer caminhada pelo Vale do Mosela na companhia da sua mãe Korinna Steinmann.

“Para nós a viagem foi por trilhas e chegou ao fim após 10 dias e cerca de 170 km desde a nossa saída em Koblenz. Quando chegamos em Trier a alegria de ter chegado era grande, mas ao mesmo tempo queríamos continuar caminhando e a ideia de pegar o trem para casa no dia seguinte não foi muito legal”, disse Rebecca. Trier é a cidade mais antiga da Alemanha. "Portanto, oferece muitas possibilidades. Nosso hotel ficava ao lado da Porta Nigra (Portão Negro, em português), uma obra feita pelos romanos há 1819 anos”, ressaltou ela.

Na passagem por Burg Eltz, Rebecca e a mãe tentaram conhecer o Castelo Eltz, uma construção medieval situada nas colinas acima do rio Mosela, que ainda pertence a um ramo da mesma família (a família Eltz ) que lá viveu no Século XII, mas desistiram. "O castelo sobreviveu a todas as guerras e ainda é propriedade da mesma família, mas as pessoas ficam na fila por 2 horas apenas para ver o castelo. Isso e completamente insano", frisou Rebecca.

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