Veja como age a imigração americana depois da reabertura

Já se passaram três semanas desde que os Estados Unidos reabriram suas fronteiras, no dia 8 deste mês, para a entrada de turistas estrangeiros totalmente vacinados, incluindo brasileiros. Foram 20 meses de proibição decretada pelo então presidente Donald Trump para tentar conter o avanço da pandemia de Covid-19.

Agora que a realidade é de flexibilização das regras e os brasileiros não precisam mais passar por quarentena, tem acontecido o que já era esperado: a corrida de viajantes brasileiros para os Estados Unidos pelos mais diversos motivos, desde apenas passear por destinos preferidos como Orlando, Miami e Nova York, fazer compras ou rever familiares.

O fato é que os Estados Unidos estão no topo da preferência dos turistas brasileiros e não poder visitar o país entre março de 2020 a novembro de 2021 foi um período longo demais. Tanto que, logo após a reabertura as companhias aéreas ampliaram a frequência de voos para dar conta da forte demanda, até mesmo porque muitos passageiros já tinham bilhete comprado e não puderam embarcar na data prevista por causa da pandemia.

Os voos estão saindo lotados depois de quase dois anos de sonhos reprimidos, mas pense que está fácil entrar nos Estados Unidos. A plataforma Melhores Destinos, especializada em promoções de hospedagens e passagens aéreas, escalou dois de seus produtores de conteúdo, Leonardo Cassol e Sandro Kurovski, para viverem a experiência de passar pela imigração americana após a reabertura.

Segundo eles, as exigências continuam as mesmas: é necessário ter passaporte e visto americano dentro da validade, passagem de volta, comprovante de hospedagem e recursos para se manter no país durante sua estadia. As novidades ficam mesmo por conta do comprovante de vacinação e teste negativo para Covid-19, que devem ser apresentados ainda no Brasil, ao fazer o check-in.

Em Miami, uma das principais portas de entrada para brasileiros que viajam aos EUA, por ser a cidade norte-americana mais próxima geograficamente do Brasil, o que torna a viagem mais curta e mais barata, além das belas praias e o clima quente da Flórida. Sandro Kurovski conta que na imigração precisou fazer uma foto e apresentar o passaporte e o visto. Nenhum outro documento foi solicitado. Apesar da Latam ter pedido para preencher dois formulários no check-in no Brasil, eles não foram utilizados ou conferidos em nenhum momento durante a viagem.

“Não precisei fazer a conferência de digitais, mas vi que outros passageiros na minha frente passaram pela verificação. Essa também foi a primeira vez que não recebi carimbo no passaporte ao entrar no país. Com o registro eletrônico da entrada e saída a ausência de carimbo tem sido cada vez mais comum, mas não é algo para se preocupar”, relatou Sandro Kurovski.

Em Nova York, outro destino americano preferido dos brasileiros, Leonardo Cassol relatou que a conversa com o oficial de imigração foi super rápida, levou menos de dois minutos. “Ele perguntou o objetivo da minha viagem, com quem eu estava viajando e o que eu fazia no Brasil. E só. Como no caso do Sandro, também não teve sequer controle das impressões digitais (apenas tive que tirar a máscara para a câmera)”, contou Leonardo Cassol.

Também em Nova York chamou a atenção o fato de não haver pergunta sobre vacina ou teste. “Imagino eu por esse controle ter sido delegado às companhias aéreas. Mas, na saída do avião, a United orientou todos os passageiros a terem em mãos os comprovantes, pois caso a imigração exigisse teriam que ser apresentados”, diz Cassol. Na sua avaliação, a imigração americana se preparou adequadamente para a reabertura, de maneira que ninguém precise esperar por grandes filas ou por um controle mais ou menos rígido do que antes da pandemia.