Veja dicas sobre 10 países para visitar, mas não para morar
Se tem planos de viver uma experiência fora do Brasil, em busca de melhor qualidade de vida pessoal e profissional, cuidado com as suas escolhas, porque a realidade pode ser bem diferente de tudo que imaginamos. Pesquisa divulgada esta semana pela agência InterNations, uma comunidade internacional de expatriados (pessoas que residem fora de seu país de origem) mostra o top 10 dos piores países do mundo para um estrangeiro morar e trabalhar em 2022.
Nem sempre um país paradisíaco e perfeito para uma viagem de férias significa ser o melhor lugar do mundo para morar. Por exemplo, a Nova Zelândia é um país sobre o qual nos acostumamos a ouvir apenas elogios quanto a qualidade de vida, meio ambiente, segurança, saúde e esportes de aventura na natureza. No entanto, o país do sudoeste do Oceano Pacífico aparece no topo dos piores lugares do planeta para um estrangeiro viver.
Se a Nova Zelândia está no topo dos piores, o Brasil aparece na 16ª posição entre os 52 países do ranking, ou seja, na parte alta dos melhores países para um estrangeiro morar e trabalhar. O Brasil foi mal avaliado no quesito segurança pública, mas foi muito bem em cultura, facilidade em fazer amizades, opções de lazer e facilidade em se estabelecer no país.
A pesquisa envolveu de mais de 4 milhões de expatriados registrados no banco de dados da InterNations. Na elaboração do ranking dos piores destinos para morar fora foram avaliados itens como qualidade de vida, facilidade de instalação, facilidade de encontrar amigos, simpatia local, facilidade de obter visto para morar no país, facilidade do idioma e moradia, opções gastronômicas, qualidade do atendimento médico, transporte urbano, segurança, custo de vida, esporte e lazer.
O Kuwait, país árabe do Golfo Pérsico, ganhou as piores notas em quase todos os quesitos. Não por acaso está no topo dos piores lugares do mundo para um estrangeiro viver. Veja abaixo a lista dos 10 países sobre os quais você deve refletir bem antes de pedir residência permanente:
10 – Malta - Ver as fotos de Malta é se apaixonar pelo local e já querer comprar uma passagem aérea para ir visitar esse país europeu. Passar uns dias visitando suas praias realmente é uma boa pedida, mas morar lá tem alguns problemas segundo os expatriados que votaram na pesquisa. A vida digital e as questões administrativas são algumas das questões negativas levantadas pelos estrangeiros que moram em Malta, bem como nos quesitos ‘viagem e transporte’ e ‘opções de lazer’.
9 – Itália - Costuma ser sempre um dos destinos mais procurados para turismo, e não à toa que cidades como Roma, Milão, Veneza e outras estão lotadas durante todo o ano. O país, no entanto, não está muito bem ranqueado quando o assunto é moradia e trabalho para estrangeiros. Uma das reclamações dos expatriados é que eles não são bem pagos pelos serviços prestados, e 45% dos entrevistados estão insatisfeitos com o mercado de trabalho na Itália. “O salário é muito baixo”, reclama um americano.
8 – Turquia - Morar na Europa parece ser uma boa, pelo menos nos filmes e histórias. Na realidade, não é bem assim, ao menos na Turquia de acordo com a pesquisa da InterNations. Enquanto 60% dos entrevistados em geral diz que mudar de país melhorou as perspectivas na carreira profissional, na Turquia esse número está em 48% – e 34% criticaram o mercado de trabalho local. “Encontrar trabalho aqui é muito difícil”, apontou um camaronês. “As condições de trabalho não são nada boas”
7 – África do Sul - Se 46% dos expatriados na África do Sul dizem estar satisfeitos com a acessibilidade para conseguir uma habitação, o que é um bom número, 45% afirmaram ser difícil conseguir um visto para se mudar para o país africano, e mais da metade diz ser complicado lidar com a burocracia do país.
A qualidade de vida acaba ganhando uma baixa pontuação devido à falta de segurança pessoal, instabilidade política e alta criminalidade. Um irlandês afirmou que “crime, segurança, desigualdade e pobreza” são suas maiores preocupações ao morar na África do Sul. A falta de perspectiva de um bom trabalho e o baixo salário também são algumas das reclamações dos entrevistados.
6 – Japão - O idioma foi um dos principais fatores apontados pelos expatriados na pesquisa que dificultam a vida no Japão – 53% das pessoas apontaram ser difícil viver no país sem falar japonês, o que leva a outras dificuldades: encontrar moradia e abrir uma conta bancária. A carga horária de trabalho também é criticada pelos entrevistados, assim como a pouca abertura a novas ideias. O país, no entanto, é bem avaliado na questão de saúde e transporte.
5 – Luxemburgo - Um dos menores países do mundo é também um dos piores países para morar e trabalhar segundo os expatriados do ranking da InterNations. Luxemburgo foi mal avaliado no Índice de Finanças, e 71% dos entrevistados dizem lutar com o alto custo de vida – mais do que o dobro da média global. Já 51% afirmaram que o dinheiro não dura muito. Em compensação, Luxemburgo foi o melhor país citado quando o assunto é facilidade ao transporte público.
4 – Chipre - Viver em Chipre não é algo muito barato, segundo a pesquisa, que ouviu 44% dos expatriados dizerem que estão insatisfeitos com seu rendimento familiar e que, com o que ganham, não é possível suficiente viver confortavelmente. Além disso, 34% estão insatisfeitos com suas oportunidades de carreira (contra 22% globalmente). “Eu acho que é difícil encontrar um emprego aqui em Chipre”, afirmou um nigeriano à pesquisa.
3 – Hong Kong - A falta de espaço para a criatividade foi um dos pontos que fizeram Hong Kong ficar na parte de baixo do ranking. Apesar de ter boas avaliações na acessibilidade ao transporte público e na perspectiva de melhora na carreira profissional, essa ilha no sudeste da China vai mal quando o assunto é poder expressar abertamente suas opiniões no trabalho e no custo de vida geral.
2 – Nova Zelândia - Destino paradisíaco e ótimo para morar, só que não. Talvez para uma viagem de férias seja até bom, mas não para morar e trabalhar de acordo com a pesquisa ‘Expat Insider 2022’, devido aos altos custos. Segundo os entrevistados, o custo de vida é muito alto e a qualidade de vida não é das melhores – neste caso, a avaliação foi ruim devido ao alto custo de transporte e à falta de cultura e vida noturna. O país foi ruim também no Índice do Trabalho no Exterior. Por outro lado, a Nova Zelândia foi bem avaliada nas questões de esportes recreativos e ambiente natural. Apesar de o país ter ficado com uma má colocação no ranking, 60% dos expatriados dizem estar felizes em morar lá.
1 – Kuwait - Os expatriados que foram morar em Kuwait parecem não estar muito felizes. O país ganhou as piores notas em quase todos os quesitos – apenas 37% dos que responderam a pesquisa estão satisfeitos com a vida no Kuwait. O país foi considerado o pior nos quesitos Qualidade de Vida e Facilidade de Instalação, e 44% dos entrevistados consideram os residentes locais como hostis (contra 17% globalmente); já 50% avaliam sua vida social negativamente.