VW comemora 50 anos do SP, um dos modelos mais bonitos da história
O lançamento de um dos modelos mais icônicos da marca e referência em design foi comemorado pelo SP2 Club
Considerado um dos modelos mais bonitos da história da Volkswagen em todo o mundo, o VW SP completou neste domingo, 26 de junho, 50 anos do seu lançamento no Brasil, em 1972. Para celebrar esse momento tão especial, diferentes gerações de executivos da VW se reuniram, no último sábado, 25, para relembrar histórias do processo de criação e desenvolvimento do SP1 e SP2. Referência de design para diversos outros modelos da marca, o SP é um marco no setor automotivo e é relembrado por entusiastas até hoje.
Na ocasião, a Volkswagen e o SP2 Club reuniram os amantes do modelo no Motor Park, primeiro parque temático de mobilidade do Brasil, no Haras Tuiuti, interior de São Paulo. Mesmo 50 anos depois, foi possível reunir 18 unidades do VW SP2, em excelente estado de conservação, em um dos maiores encontros do modelo já realizado desde o lançamento na década de 1970.
“O SP foi um ‘halo car’, um modelo único. O time de design da época foi genial no desenvolvimento desse carro, trazendo um motor traseiro, mas com capô bastante alongado, e uma linha traseira espetacular, com um tratamento de superfície envolvendo as lanternas e o para-choque com um trabalho excepcional. E, claro, é possível enxergar traços nos outros projetos que foram criados no nosso estúdio aqui no Brasil como Gol, Brasília e Fox”, elogia José Carlos Pavone, Head de Design da Volkswagen América Latina.
André Drigo, Gerente Executivo de Desenvolvimento de Produto, reforça: “Essa celebração de 50 anos não é apenas do SP. Esse carro representou nos anos 1970 um marco na indústria como um todo. É muito interessante podemos ver vários itens e definições que surgiram na época, mas que que seguem funcionais até hoje. Certamente utilizamos algumas teorias e conceitos dessa época e aplicamos nos novos modelos em desenvolvimento.”
O designer responsável pelo desenho do modelo, José Vicente Martins, conhecido como “Jota”, e o engenheiro mecânico responsável pelo projeto, Claudio Menta, contam histórias exclusivas do nascimento do ícone.
“A pedido do presidente da Volkswagen na época, sr. Rudolf Leiding, iniciamos os primeiros desenhos do SP na década de 1960. Procurei desenhá-lo bastante baixo e com vidros inclinados, dando o ar de esportividade que pensava. Já no primeiro esboço, consegui deixá-lo como queria”, relembrou Jota, que na época integrava o time de designer da VW, chefiado por Márcio Piancastelli.
Com os primeiros desenhos em mãos, o desafio de criação de um modelo no Brasil e produzi-lo em escala começaram a aparecer. Executivos de todas as áreas se uniram para encontrar o melhor caminho para conceber o esportivo.
“O primeiro desafio que tivemos foi construir uma carroceria com componentes de chapa rebitados, e não soldados. Após estudos e tentativas, chegamos à conclusão que não era viável esse processo de produção. Então, passamos ao processo tradicional de fabricação de carrocerias”, relatou Menta.
“Não era comum criar carros no Brasil na época. Por conta disso, originamos o SP de um carro alemão, usando o chassi da Variant, e construímos um carro novo em cima dele”, concluiu Jota.
O SP1 trazia o motor 1,6L, de 65 cv de potência. Já o SP2 estava equipado com o motor 1,7L, gerando 75 cv. Com linhas esportivas e luxuoso, o interior oferecia bancos exclusivos, além do console e painel central em peça única. O painel de instrumentos, avançado para a época, contava com marcador de temperatura do óleo, amperímetro e relógio.