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O destino de uma nação

Por Oscar D'Ambrosio (*) | 19/02/2018 08:58

Há filmes que valem por um ator ou atriz. Outros, por uma cena marcante. 'O Destino de uma Nação', dirigido por Joe Wright, reúne esses dois elementos. O eixo central é a pressão a quem o primeiro-ministro Winston Churchill é submetido para fazer um acordo com Hitler quando todos os esforços de franceses e ingleses parecem estar condenados ao fracasso.

Ocorre, no entanto, um momento, em que Gary Oldman, no papel central, decide tomar o metrô e ouvir as pessoas que estão próximas. Trata-se de uma cena fictícia, é claro, mas uma aula de democracia e de saber escutar numa sociedade como a nossa , em que todos querem ouvir. Ao sair de seu gabinete e escutar o que as pessoas esperam de seu país, o líder se reconecta com o mundo.

Existe um ensinamento muito singelo na cena. Talvez não seja cinematograficamente um achado, mas mostra como os políticos, encarcerados em seus gabinetes, vão, pouco a pouco, se distanciando do povo que os elegeu. Dessa maneira, perante a necessidade de tomar uma decisão, seja grande ou pequena, acabam seguindo os mas variados interesses.

O filme alerta com sabedoria para outro ponto essencial: estar sempre disposto a lutar pelo que se acredita. Perante dificuldades ou reveses, muitas vezes o bom senso - e, muito pior, o senso comum - indicam que fazer acordos e baixar a cabeça sejam as melhores alternativas. Churchill, em sua controversa carreira política não fez isso. E passou à História!

(*) Oscar D'Ambrosio, Doutor em Educação, Arte e História da Cultura e Mestre em Artes Visuais, atua na Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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