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Uma difícil decisão!

Por Pamella Lauanny (*) | 07/02/2015 14:22

A Indonésia é um país cuja população estimada em 2014 seria de 252 milhões de pessoas, sua organização política é republicana sendo a terceira maior democracia do mundo com 187 milhões de eleitores e tem Joko Widodo como mandatário. Um dos temas mais comentados este mês, foi justamente a execução do brasileiro Marcos Archer Cardoso Moreira, de 53 anos carioca, instrutor de voo livre, por ter sido condenado a pena de morte por tráfico de drogas, haja vista que ele foi foi preso quando tentava entrar no país com 13,4 kg de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta dividida em 7 bagagens, no aeroporto de Jacarta em 2003.

Talvez poucos saibam mas a pena de morte é adotada em outros 59 países. Ele e outras 5 pessoas 4 homens e duas mulheres foram executados no dia 17 de janeiro. No caso específico ele confessou o crime e recebeu 10 mil dólares para transportar o entorpecente de Lima, no Peru até Jacarta.

Certamente temos dificuldade de entender a sistemática de países onde as leis são obedecidas com rigor. O fuzilamento, por exemplo, é extremamente criterioso e seguem todo um ritual. Depois de encapuzado ou vendado o condenado é amarrado a um tronco. Então um grupo de 12 policiais se posiciona de 5 a 10 metros do detento,entretanto, apenas 3 das 12 armas são carregadas, de maneira que, os atiradores não sabem quem deu o tiro fatal (Decreto Presidencial 02/1964).

A Indonésia executou 5 pessoas em 2013. Outros países que utilizam a pena de morte como sentença executaram no mesmo ano 39 pessoas – Estados Unidos, 34 Somália e 2400 na China. Agora pensem bem, apenas o acidente ocorrido na boate Kiss matou 222 pessoas e até que se prove em contrário todas inocentes.

Por isto chamo a atenção dos leitores para questionar a importância da vida, do temor a Deus e também da efetiva aplicação das leis, sob pena de se viver em um mundo anárquico. Quem tem a razão ? Quem deve morrer? Quem tem este poder? Ou a quem deve ser dado este poder sobre a vida? São apenas as primeiras perguntas de uma longa e gigantesca discussão!

(*) Pamella Lauanny é acadêmica de Direito na Uniderp

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