"Ainda vai longe", prevê Geraldo sobre uso de máscaras contra a covid
Secretário acredita que máscaras serão incorporadas à cultura mesmo após fim da obrigatoriedade
Quem se incomoda com o uso contínuo e obrigatório das máscaras de proteção facial, que impedem a proliferação da covid-19, é bom tirar o "cavalinho da chuva" e ir se acostumando com o uso do item, que na opinião do secretário estadual de Saúde, pode até ser incorporada à rotina das pessoas nas cidades mundo à fora.
"Seguramente, não vai ser esse ano a abolição da máscara. Acredito até que vai ser incorporado à rotina da gente. Estive no Japão antes da pandemia e lá as máscaras fazem parte da vida das pessoas. É algo cultural, de ter empatia", frisa Geraldo Resende, chefe da SES (Secretaria de Estado de Saúde).
Geraldo visitou nesta manhã de sexta-feira (24), a redação do Campo Grande News para entrevista em que vários assuntos foram abordados, como o uso das máscaras, que apesar de comprovadamente eficaz, ainda causa polêmicas.
"Abolir o uso obrigatório da máscara é algo ainda distante. Ela vai por um longo tempo pela frente ainda. Mas o mais importante agora, é imunizar toda a população e certamente, em algum momento, vamos rediscutir essa restrição, mas depois que vacinar praticamente 100% da população. Aí, se torna item opcional", completa.
O secretário ainda destaca que já há diversos estudos apontando que houve decréscimo durante a pandemia de covid-19 dos números de outras doenças virais. "A covid mostrou que o uso da máscara é importante para outras infecções também. Em breve, vamos ter dados concretos para mostrar isso", confirma.
Para ele, o uso de máscara é uma boa prática que, com diversas ações de Governo em parceria com empresas, deve ser adotado mesmo quando ela não for mais obrigatória. Um exemplo da eficácia delas é que, antes da existência da covid-19, elas já eram incentivadas no Japão, onde houve redução dos casos de Influenza.