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Cidades

Após temporal, Cufa faz campanha para ajudar moradores a recuperar mantimentos

Chuvas deixaram famílias “à míngua”, após arrastar barracos, destruir roupas, alimentos e sapatos

Natália Olliver | 05/01/2023 17:19

Após o temporal que atingiu todas as regiões de Campo Grande nesta quarta-feira (4), a Cufa (Central Única das Favelas) está mobilizando a população para ajudar as famílias que perderam sapatos, roupas e até mantimentos.

Livia Lopes Correa, uma das responsáveis pela campanha, ressaltou ao Campo Grande News que a Central recebeu inúmeros pedidos de ajuda. Entre as comunidades atingidas e que mais solicitaram o amparo está a Lagoa, Santa Emília e Caiobá.

“São famílias que moram em barracos de madeirite, de lona, que por conta da chuva ou perderam o barraco todo ou perderam as coisas que eles tinham ali dentro. Então a campanha é justamente para poder arrumar isso, fazer essa manutenção e dar o mínimo para que consigam sobreviver até o resto do mês”, disse.

Nas redes sociais, a Central evidenciou que a situação das famílias é desesperadora. “Precisamos de ajuda e doações, se pode contribuir com alguma quantia ou material (lona, madeirite) via Pix, ajude”, pontuou.

A mobilização virtual começou na noite desta quarta-feira (4), após o temporal, e já está surtindo efeito. “Estamos recebendo bastante doações virtuais via nosso CNPJ e também doações de roupas, colchões, geladeira e alimentos”, disse.

Para contribuir basta realizar o pagamento, de qualquer valor, para chave Pix 45.776.653/0001-03, registrada em nome da Associação das Mulheres das Favelas de MS.

Caso - Paula Corrêa da Silva, de 30 anos, o marido e os quatro filhos dormiram na cama molhada nesta quarta-feira, após chuva de 159 milímetros que caiu em Campo Grande desde às 5 horas. Eles moram em loteamento do Bairro Santa Emília e com cartão disponibilizado pela Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), de seis mil reais, fizeram o muro da moradia, mas a casa é de lona.

“A gente priorizou o muro porque fica na esquina e pensei na segurança dos meus filhos”, relatou Paula, lembrando que em outras chuvas deste ano já teria havido problemas, mas nunca na intensidade de ontem, em que a água entrava na casa pelo teto e pingava por toda a extensão do local.

Camas, colchões, roupas, alimentos, móveis e eletrodomésticos ficaram molhados e provavelmente inutilizados. “Entrou água por cima e molhou tudo. É o único lugar que eu tenho, então é rezar pra não chover à noite”, relatou.

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