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Cidades

Cancelamento de compra de vacina chinesa contra covid-19 irrita governadores

Anúncio de Bolsonaro revoltou chefes do Poder Executivo que participaram de videoconferência na terça-feira

Gabriel Neris | 21/10/2020 10:45
Voluntário passa por teste da vacina em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)
Voluntário passa por teste da vacina em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

A decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de não adquirir a vacina Coronavac, contra a covid-19, desenvolvida pela China com o Instituto Butantan, em São Paulo, gerou revolta entre os governadores, segundo a Folha de São Paulo.

Na quarta-feira (20) o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, havia anunciado acordo para compra de 46 milhões de doses, mas hoje o presidente afirmou que a vacina não será adquirida pelo governo federal.

Testes da vacina estão sendo realizadas em voluntários de quatro cidades, entre elas Campo Grande.

Ontem, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), havia celebrado o acordo firmado em videoconferência. “Acredito ser uma sábia decisão, que nos dá segurança e garante que a imunização chegará a todos os Estados”, declarou. O chefe do Poder Executivo estadual não se manifestou sobre a decisão de Bolsonaro.

O governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), disse que “Bolsonaro não pode dispor das vidas das pessoas para seus propósitos pessoais”.

"Temos que apelar ao presidente para que a gente tenha equilíbrio, racionalidade, empatia com quem pode pegar esse vírus. Um apelo mesmo para manter o que falamos ontem", afirmou Renato Casagrande, governador do Espírito Santo.

Em pronunciamento nesta quarta-feira, o secretário-executivo de Saúde, Élcio Franco, afirmou que o Ministério da Saúde não fez acordo com governo de São Paulo para aquisição da vacina, desmentindo o ministro Pazuello.

Também reforçou que nenhuma vacina será obrigatória e que as vacinas devem seguir critérios de “segurança, eficácia, produção em escola e preço justo”.

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