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Cidades

Casal de MS sacou R$ 600 mil em golpe contra servidora morta

Valor está em decisão da 2ª Vara Federal de Ponta Porã, que negou devolver caminhonete

Por Aline dos Santos | 07/01/2025 07:49
Casal de MS sacou R$ 600 mil em golpe contra servidora morta
Polícia Federal fez operação contra fraude previdenciária. (Foto: Divulgação)

Alvo da operação Usurpators, deflagrada pela PF (Polícia Federal) em outubro de 2024, casal de Mato Grosso do Sul é suspeito de sacar mais de R$ 600 mil da conta de servidora falecida do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Mato Grosso.

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A operação Usurpators, realizada pela Polícia Federal em outubro de 2024, investiga um casal de Mato Grosso do Sul suspeito de ter sacado mais de R$ 600 mil da conta de uma servidora falecida do TRE do Mato Grosso. O casal teria continuado a movimentar a conta da falecida, utilizando seus cartões, após seu falecimento em maio de 2020. A decisão da 2ª Vara Federal de Ponta Porã negou a devolução de uma caminhonete S-10, avaliada em R$ 180 mil, alegando indícios de envolvimento do casal em estelionato previdenciário e associação criminosa, com a renda do proprietário da caminhonete sendo incompatível com a aquisição do bem.

O valor consta em decisão da 2ª Vara Federal de Ponta Porã, que negou a devolução de caminhonete S-10, avaliada em R$ 180 mil. Um ano antes da data de aquisição do veículo, o casal sacou os R$ 600 mil da conta da falecida.

“Ainda segundo os elementos indiciários, o ora requerente, juntamente, com outros investigados, continuaram a movimentar a conta, utilizando os cartões e recursos (...). Logo, há fortes indícios de envolvimento do requerente no esquema criminoso narrado, figurando o bem como possível proveito do crime e, logo, sujeito à pena de perdimento”, informa a decisão, que foi publicada na edição de hoje do Diário da Justiça Federal.

A decisão destaca a incompatibilidade da renda. O dono da caminhonete tinha remuneração de R$ 2.800 no holerite. Além disso, a função de auxiliar de crediário numa loja, provavelmente em regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) de 44 horas, não se coaduna com a atividade de produtor rural.

Em 22 de outubro do ano passado, a PF cumpriu seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Dourados e Ponta Porã contra quatro pessoas. Houve ainda sequestro de bens e valores dos quatro investigados pelos crimes de estelionato previdenciário e associação criminosa.

Conforme identificado pela PF, o grupo criminoso passou a sacar a aposentadoria de uma servidora aposentada do TRE-MT após seu falecimento em maio de 2020. Foram feitas compras com seus cartões de crédito e débito.

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