Com Rota Bioceânica, turismo estará "de olho" em MS, diz Freixo
Presidente da Embratur diz que "Brasil não está mais olhando para o mar" e integração continental é novo alvo
"O Brasil não está mais olhando para o mar. Está olhando para a América do Sul. Houve uma mudança muito profunda", afirmou o presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), Marcelo Freixo, na manhã deste sábado (25). Com essa mudança de perspectiva, ele acredita que a Rota Bioceânica colocará Mato Grosso do Sul como um importante protagonista no mercado turístico brasileiro.
A megaestrada ligará o Brasil ao polo portuário do norte do Chile, passando pelo Paraguai e Argentina ao longo do trajeto. Será um corredor rodoviário de mais de 2.300 quilômetros, previsto para entrar em operação em 2025.
A estimativa é que, quando o corredor estiver consolidado, sem problemas aduaneiros e com boa estrutura de postos e hotéis, a Rota Bioceânica deverá injetar US$ 300 milhões, ou R$ 1,154 bilhão por ano (na cotação atual), na economia de Mato Grosso do Sul.
Em relação ao turismo, Marcelo Freixo vê essa rota como uma oportunidade para o Brasil investir cada vez mais na integração regional e continental. "O turismo passará por integração regional e internacional na América do Sul. Então, essa rota é muito importante para nós, especialmente para um mercado prioritário do turismo, que será a América do Sul".
Diálogo internacional - Em sua visita à Capital, o presidente da Embratur também destacou que o Brasil tem conquistado cada vez mais espaço no cenário internacional. "O Lula tem uma preocupação muito grande com o Mercosul. Não é à toa que o Brasil retornou a pontos importantes, como o G20 e a COP 30. O Brasil voltou a dialogar com o cenário internacional, a ter respeito, visibilidade e a receber visitas."
Um dos exemplos dados por Freixo é o aumento de turistas chilenos em destinos turísticos do Brasil. Com a finalização da Rota Bioceânica, a previsão é que esse intercâmbio turístico cresça ainda mais. "O número de visitantes chilenos ao Brasil aumentou 54% em um ano. Mais chilenos estão visitando o Brasil, e isso é um sinal de muito diálogo e integração regional que retornou ao Brasil. Nesse sentido, a rota é muito bem-vinda".
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