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Cidades

Com suspeita no Pará, secretário apela por vacinação contra paralisia infantil

Mesmo com fim da campanha, imunizante continua disponível nas unidades de saúde

Izabela Cavalcanti | 07/10/2022 10:42
Criança tomando vacina contra pólio, em posto de saúde (Foto: Marcos Maluf)
Criança tomando vacina contra pólio, em posto de saúde (Foto: Marcos Maluf)

Após a suspeita de paralisia infantil no Pará, o secretário estadual de Saúde, Flávio Britto, apelou para a conscientização dos pais para a vacina contra a poliomielite. Há 33 anos, o Brasil não tem registro da doença.

“É absurdamente baixo, chega a ser uma irresponsabilidade, porque tem oferta da vacina. O que a gente pode dizer, senão um apelo à população? Vacine. É muito preocupante. Não adianta uma atitude isolada, é uma atitude em conjunto”, ressalta.

Conforme informações da SES (Secretaria Estadual de Saúde), a cobertura vacinal em Mato Grosso do Sul está em 63,68%, o que representa 110.270 doses aplicadas. O público-alvo é de 173.154 pessoa. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 95%.

Campo Grande está em último, com apenas 27,52% dos vacinados, representando 14.050 doses aplicadas. A população estimada é de 51.051.

Ribas do Rio Pardo e Coxim, compõem o pódio dos últimos lugares, com 41,48% e 42,84%, respectivamente.

Os três municípios do Estado com maior cobertura vacinal, são: Sete Quedas (132%); Novo Horizonte Do Sul (120,64%) e Eldorado (119,30%).

O PNI (Programa Nacional de Imunização) recomenda a vacinação de crianças a partir de 2 meses até menores de 5 anos de idade.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informa que mesmo com o fim da campanha de vacinação, no dia 30 de setembro, as doses seguem disponíveis nas unidades de saúde, sendo possível realizar a atualização da caderneta em qualquer um dos pontos de imunização.

Campo Grande mantém 73 unidades abertas durante todo o dia, de segunda a sexta-feira, para vacinação.

“O caso suspeito gera alerta em todo o território nacional, uma vez que a Organização Mundial da Saúde já havia informado que, justamente em razão da baixa cobertura vacinal, o risco de reintrodução do vírus no país era elevado”, diz parte da nota enviada ao Campo Grande News.

Para tentar ampliar a cobertura vacinal, sobretudo das crianças, a Sesau tem intensificado as ações de vacinação nas escolas municipais infantis.

“É importante frisar a necessidade da conscientização dos pais e responsáveis para que a criança exerça o seu direito de vacinar”, completa a nota.

Entenda –  A Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará) está investigando a suspeita de paralisia infantil em um menino de 3 anos, do município de Santo Antônio do Tauá.

A criança apresentou sintomas de dores musculares, febre, mialgia e um quadro de paralisia flácida aguda. A suspeita se dá devido à detecção do poliovírus nas fezes da criança.

Síndrome de Guillain Barré também não foi descartada. O caso segue em investigação.

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