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Cidades

Copa do Mundo e golpes na internet: é possível se proteger?

Priorizar o uso do cartão de crédito virtual pode ser uma das soluções para não cair em fraudes online

Natália Olliver | 29/11/2022 16:32
Área de transferência de Pix em aplicativo de banco. (Foto: Marcos Maluf)
Área de transferência de Pix em aplicativo de banco. (Foto: Marcos Maluf)

Em tempo de Copa do Mundo é natural que muitos anúncios relacionados a artigos esportivos, como camisetas de seleções, promoções relâmpagos e oportunidades de compras de figurinhas do álbum apareçam nas telas dos celulares de milhões de pessoas em diversas redes sociais. O que muitas não sabem é que seguir duas premissas básicas: não aceitar doces de estranhos e o uso do cartão de crédito virtual, podem ajudar a não efetuar compras em sites de e-commerce fraudulentos e resolver a situação caso o problema aconteça.

É o que o especialista em segurança virtual e desenvolvimento de Software, Leandro dos Santos Farias, de 38 anos, explicou ao Campo Grande News. “Compras relacionadas à Copa ou outras coisas, a minha recomendação sempre é para que você use o cartão de crédito virtual, preferencialmente com duração de 48 horas ou mais. Porque é muito mais fácil você conseguir o estorno ou cancelar a compra antes que o golpista receba o dinheiro. Pix nunca é uma boa opção, não faça, a não ser que conheça bem a loja”, disse.

Leandro atua há 22 anos no ramo e relatou que a dica mais valiosa é de fato não aceitar doces de estranhos. “Não tem como se proteger 100%, mas é aquele conselho de mãe realmente funciona, é aquela coisa: duvide sempre e se sentir alguma desconfiança não compre”, comentou.

Outras dicas - Além das dicas acima, também é recomendado que as pessoas instalem, no caso de computadores, os famosos anti-phishing, que são ferramentas que identificam fraudes virtuais e conseguem alertar sobre a inveracidade de um site ou e-comerce. Outra dica é não acessar links enviados em grupos de Whatsapp, principalmente aqueles de grupos familiares, que são os mais suscetíveis a compartilhar endereços eletrônicos fraudulentos.

“As ferramentas de antivírus ajudam um pouco, mas estão sempre atrás. Então, primeiro se desenvolve o golpe e depois a empresa vai lá tentar resolver e criar uma solução. Não há novidade do ponto de vista que já sabemos. O pessoal precisa usar antivírus, já que não há outra alternativa. Não acessar link. Não importa de quem seja do grupo da família, o link sempre é a principal origem de problemas relacionados à invasão, perda de dados e roubos. Tem que evitar. Via de regra é consultar também no Reclame aqui. Vai comprar em lugar que não conhece? Sempre olhe os comentários”, completou.

Influencers - Leandro dos Santos acrescentou que é preciso cuidado também aos conteúdos que assistimos e acreditamos na internet, principalmente os de influenciadores digitais, pois mesmo que tenham credibilidade e uma boa reputação, também estão suscetível a ser uma vítima e assim fazer com que mais pessoas sejam.

“Esses dias vi que uma influencer fez uma parceria com uma empresa golpista, escolheram essa influencer porque tinha muitos seguidores, ela fez a propaganda e as pessoas começaram a comprar. Depois foram atrás dela para alertar que aquilo se tratava de um golpe. Ele fez um post pedindo desculpas, falando que eram golpistas e o pessoal da empresa já bloqueou ela. Como evitar isso? Eu só consigo pensar em cartão de crédito e boleto, porque tem uns dias até que o dinheiro caia na conta e, talvez, se você tiver uma boa relação com o banco consiga reverter isso”, finalizou.

Cartões virtuais - A maioria dos bancos, digitais ou não, possuem a opção de solicitar, para transações online, os chamados cartões virtuais. Eles podem ser solicitados sem taxas e excluídos sempre que precisar. O número, data de validade e chave de segurança são diferentes do cartão principal. As compras feitas neles serão acrescidas à fatura geral do seu cartão físico. Para solicitar o recurso acesse a área "cartões" do seu aplicativo bancário.

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