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Cidades

Criminosos também acessaram dados de 2020 do TSE em ataque durante eleições

Inicialmente, acreditava-se que os hackers tinham acessado apenas a informações do período entre 2001 e 2010

Adriano Fernandes | 19/11/2020 18:59
Criminosos também acessaram dados de 2020 do TSE em ataque durante eleições
Urna eletrônica usada nas eleições. (Foto: Arquivo)

O ataque hacker ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) também conseguiu acessar dados de 2020 relativos a informações de funcionários do tribunal. Inicialmente, acreditava-se que os hackers tinham acessado apenas a informações do período entre 2001 e 2010 relativo a dados entregues de ex-ministros e servidores.

No entanto, as investigações da Polícia Federal com a colaboração do TSE, apontam que a invasão aos sistemas do tribunal ocorreu em dados anteriores a 1º de setembro e teria partido de Portugal.

Até então, a estimativa dos pesquisadores para o ataque era a de que ele teria ocorrido antes do dia 23 de outubro. A informação sobre a extensão do ataque foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pela reportagem do UOL .

Os dados acessados pelo invasor foram divulgados no último domingo (15), data do primeiro turno das eleições. A invasão que acessou dados do tribunal e o ataque de negação de serviço não tiveram relação com o atraso na divulgação dos resultados no domingo.

Durante coletiva presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, disse suspeitar de "motivação política" no episódio , com o objetivo de minar a credibilidade do sistema eleitoral. Entretanto, conforme o TSE o ataque foi neutralizado pelo sistema de defesa e não houve vazamento de dados, segundo o tribunal.

As tentativas de invasão foram feitas por meio de servidores localizados no Brasil, Estados Unidos e Nova Zelândia. No dia de realização do primeiro turno, um segundo ataque mirou os sistemas do TSE, a partir de múltiplos acessos pela internet, com objetivo de sobrecarregar o sistema e tirá-lo do ar.

Um dos fatores que garantiram a segurança da apuração é o fato de que as urnas também não ficam conectadas à internet a transmissão dos votos para totalização do resultado é feita por uma rede própria do tribunal que usa comunicação criptografada.

Além disso, o processo de soma dos votos é realizado por um computador exclusivamente dedicado a esse processo, ainda conforme o UOL. Técnicos do TSE ainda investigam se ele pode ter contribuído para uma falha no acesso ao aplicativo e-Título, usado para uma justificativa do voto no dia das votações.

Além da instabilidade para usar o aplicativo, eleitores se queixaram ao Campo Grande News que não estavam conseguindo consultar o local de votação no site do TSE.

 Quanto ao atraso de até 3 horas na divulgação dos resultados da eleição o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou que foi causado por uma falha no sistema de inteligência artificial de um computador.

Por causa da falha, esse processo foi encerrado próximo à meia-noite do domingo, cerca de duas horas e meia depois do horário em que foi finalizado nas últimas novidades, em 2018.

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