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Política

Falha em inteligência artificial causou lentidão, detalha Barroso sobre apuração

Pandemia não permitiu testes antes do primeiro turno, diz ministro

André Richter, da Agência Brasil | 17/11/2020 06:45
Após reunião com área de tecnologia da informação, presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, deu mais detalhes sobre demora na divulgação de resultado das eleições (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Após reunião com área de tecnologia da informação, presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, deu mais detalhes sobre demora na divulgação de resultado das eleições (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou que o atraso de três horas na divulgação dos resultados do primeiro turno foi causado por uma falha no sistema de inteligência artificial de um computador.

Anteontem (15), após receber informações preliminares das causas do atraso, o presidente do tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que a lentidão foi provocada por uma falha nos processadores da máquina.

Nessa segunda, após reunião com área de tecnologia da informação, Barroso disse que o supercomputador responsável pela totalização e divulgação dos votos chegou ao tribunal em agosto, devido à pandemia da covid-19, e não houve tempo necessário para fazer todos os testes antes do primeiro turno. O equipamento foi comprado em março.

“Não mudei a versão sobre os fatos. Ontem, a TI tinha diagnosticado que o problema era uma falha no processador, o que efetivamente ocorreu. As análises subsequentes demonstraram que, embora o problema tivesse ocorrido, a causa real era a outra, que eu descrevi aqui. Portanto, não é mudança de versão, é atualização da nossa compreensão do que aconteceu”, explicou.

Durante coletiva de imprensa, o ministro também informou que a Oracle, empresa responsável pelo computador que apresentou defeito, será acionada para resolver o problema até o segundo turno, que será realizado no dia 29 de novembro.

A forma de totalização (soma dos votos) centralizada no TSE vai continuar no segundo turno. Nas eleições passadas, a totalização era feita pelos tribunais regionais eleitorais e foi alterada por motivos de segurança e de custos. Aliado às proteções para evitar ataques de hackers, a novidade também pode ter contribuído para a lentidão, de acordo com o tribunal.

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