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Cidades

De 21 pacientes com coronavírus em MS, três estão na UTI de hospitais

De acordo com a SES, todos estão com quadro estável, sendo dois em Campo Grande e um em São Paulo

Aline dos Santos e Maristela Brunetto | 24/03/2020 13:10
Novo coronavírus tem 21 casos confirmados em Mato Grosso do Sul. (Foto: Chico Ribeiro)
Novo coronavírus tem 21 casos confirmados em Mato Grosso do Sul. (Foto: Chico Ribeiro)

Dos 21 casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) em Mato Grosso do Sul, a doença se mostrou mais grave para três pessoas, que seguem internadas em UTIs (Unidade de Terapia Intensiva), sendo duas em hospitais particulares de Campo Grande e uma em São Paulo.

Os dados foram repassados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) nesta terça-feira (dia 24). Não foram divulgadas informações sobre os pacientes, somente que estão com quadro estável.

Como já divulgado pelo Campo Grande News, o paciente internado em São Paulo é o cônsul da Síria em Mato Grosso do Sul, Kabril Yussef, de 67 anos.  Ontem, ele teve melhora no quadro de saúde e segundo a família, os médicos vão avaliar para que nos próximos dias já possam respirar sem ajuda de aparelhos.

Velocidade e pneumonia - Embora seja uma pandemia que causa medo pela velocidade em que se prolifera e a alta letalidade entre idosos, os números de Mato Grosso do Sul por enquanto demonstram que este grupo de risco ainda é bem isolado. Somente duas pessoas têm mais de 60 anos e foram contaminados a partir de contato com pessoas que têm o coronavírus, segundo as informações do boletim da secretaria.

Os demais têm idades entre 13 e 50 anos.  Não há registros de óbitos em Mato Grosso do Sul. O coronavírus vem apresentando uma média de mortalidade de 1% nos países em que a pandemia atingiu grandes proporções, com exceção da Itália, em que chega a 8%, sendo que um dos fatores para explicar é o elevado número de idosos doentes.

Diante da falta de vacina ou medicamentos próprios para a doença, o isolamento social e aplicação em massa de testes na população são as medidas defendidas. O Brasil não dispõe de número elevado de testes, esperando envio de encomenda à China, sendo então as medidas reforçadas para evitar o contágio, com decretação de estado de calamidade, emergência e toque de recolher, este último já em vigor em 18 cidades do Estado.

O médico infectologista Rodrigo Nascimento Coelho, do HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian, explica que o coronavírus, até então, era conhecido por causar resfriados, mas o novo coronavíru, que provoca a doença Covid-19, se destaca pela rapidez do contágio e por quadro de pneumonia viral muito forte.

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