Delação de ex-PM preso em MS leva à prisão de suspeitos de mandar matar Marielle
Conselheiro do TCE do Rio de Janeiro, deputado federal e delegado foram presos
Formalizada em Campo Grande, a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa sobre o Caso Marielle Franco se transformou em operação da PF (Polícia Federal) neste domingo (dia 24).
Na ação, batizada de “Murder Inc.”, foram presos Domingos Brazão (conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro), Chiquinho Brazão (deputado federal pelo União Brasil) e o delegado Rivaldo Barbosa (que era chefe da Polícia Civil à época do atentado e hoje é coordenador de Comunicações e Operações Policiais da instituição).
Os nomes dos alvos foram divulgados pelo Portal G1. As três prisões aconteceram no Rio de Janeiro. Eles são apontados como os autores intelectuais dos crimes de homicídio. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.
As ordens judiciais, incluindo 12 mandados de busca e apreensão, foram expedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Os presos serão levados para a Penitenciária Federal de Brasília.
A investigação apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. O crime aconteceu em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.
Acusado pelos homicídios, Ronnie Lessa está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande desde 9 de dezembro de 2020. A reportagem apurou que no ano passado, por diversas vezes, Lessa deixou o presídio, escoltado por policiais penais federais, e foi levado para Superintendência da Polícia Federal de Campo Grande, na Vila Sobrinho. Lá, era ouvido por policiais federais que vieram do Rio de Janeiro. Foram vários encontros, que durava o dia inteiro.
A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal. O nome da operação faz referência a uma associação de crime organizado que agiu como braço armado de execuções a serviço das máfias de Nova York nos anos 1930.
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