Denúncias de assédio sexual podem ter feito a primeira vítima fatal na Caixa
Diretor de Controles Internos e Integridade é encontrado morto dentro da sede do banco
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga suspeita de suicídio do diretor de Controles Internos e Integridade da Caixa Econômica Federal, Sérgio Ricardo Faustino Batista. O corpo dele foi encontrado dentro do prédio do banco, na noite desta terça-feira (19).
Antes de ser diretor, ele era um dos assessores estratégicos do ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães, que é acusado de uma série de denúncias de assédio sexual das funcionárias. Apesar de negar as acusações, Guimarães deixou o cargo.
Agora será apurado os motivos que levaram Batista a cometer o provável suicídio. O diretor era funcionário de carreira do banco. Entrou na empresa em 1989 e desde 2022 ocupava a direção de controles internos após ter sido aprovado em processo seletivo interno.
Era Batista que recebia e acompanhava as denúncias feitas por funcionários do banco, através dos canais internos da empresa. Mas que até então não tinham sido levadas a diante até o escândalo chegar à imprensa.
Após as denúncias tornarem públicas, a Caixa chegou a admitir a existência de uma queixa de assédio, apresentada em maio deste ano, por meio da ouvidoria. Existe a suspeita de que a reclamação tenha sido abafado, após ter sido levada ao conhecimento de Pedro Guimarães, antes de ser investigada.
O corpo de Batista foi encontrado na área externa do prédio após rondas dos vigilantes que estavam de plantão. O diretor tinha 54 anos e seguia no cargo de diretor mesmo após a mudança na presidência da Caixa.