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Cidades

Em um ano, 105 pessoas foram assassinadas antes de completar 30 anos em MS

O perfil predominante dos jovens assassinados é o mesmo: moradores de periferia e usuários de droga

Viviane Oliveira | 16/08/2022 12:59
Jovem de 21 anos foi assassinado na tarde do dia 16 do mês passado, na Vila Nhanhá (Foto: Marcos Maluf) 
Jovem de 21 anos foi assassinado na tarde do dia 16 do mês passado, na Vila Nhanhá (Foto: Marcos Maluf)

Nos últimos 8 meses, das 304 pessoas assassinadas em Mato Grosso do Sul, 105 morreram antes de completar 30 anos, de acordo com os dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).

Conforme o órgão, foram 166 casos de homicídios de adultos (de faixa etária de 30 a 59 anos), 96 jovens (de faixa etária de 18 a 29 anos), nove adolescentes (de faixa etária de 12 a 17 anos), 32 idosos (com faixa acima de 60 anos) e 1 criança (com faixa etária de 0 a 11 anos).

Em janeiro, foram contabilizados o maior número de assassinatos, com 46 casos, em fevereiro 37, em março 45, em abril 45, em maio 35, em junho 44, em julho 38 e agosto 14. Os dados de setembro ainda não foram contabilizados. O perfil predominante, pelo menos da maioria dos jovens assassinados, é o mesmo: moradores de periferia, usuários de drogas ou com envolvimento no tráfico de entorpecentes.

Número de assassinatos por mês (Imagem: reprodução / Sejusp) 
Número de assassinatos por mês (Imagem: reprodução / Sejusp)

Na noite de ontem (15), por exemplo, André Luiz Prado de Moraes, de 21 anos, foi assassinado no Jardim Aero Rancho, em Campo Grande. Ele foi atingido por dois tiros quando estava no cruzamento das Ruas Presidente Tancredo Neves e Caladio. O rapaz chegou a ser socorrido, mas morreu na UBS (Unidade Básica de Saúde) Aero Rancho. Contra André, havia mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas.

Ontem, Alexsandro Junior Nunes, de 16 anos, morreu após ficar 4 meses internado na Santa Casa. Ele estava internado desde abril, quando foi ferido com três tiros, na Vila Fernanda. O adolescente era suspeito de envolvimento na execução de Carlos André Isidio Acosta, de 21 anos, que levou tiro no peito, à queima-roupa, na noite do dia 19 de abril, no Bairro Portal Caiobá. A mãe de Carlos presenciou o crime e implorou para o suspeito não matar o filho.

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