Empresários do transporte escolar fazem protesto na avenida Afonso Pena
Cerca de 100 veículos foram levados para avenida e empresários devem fazer carreata pela cidade
Empresários do transporte escolar e do setor de turismo fazem mobilização na avenida Afonso, em protesto diante da situação da categoria nesta pandemia. Cerca de 100 veículos concentram-se na via e preparam-se para carreata que irá percorrer Parque dos Poderes e parar na prefeitura.
Os manifestantes pedem o cumprimento da antecipação de parcelas dos contratos, deferido pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), mas que não teria sido cumprido pela maioria das prefeituras. Em agosto deste ano, o tribunal autorizou o repasse, como forma de auxílio aos donos de vans escolares, que estão sem trabalho desde que a pandemia suspendeu as aulas.
O presidente do Sinte-MS (Sindicato dos Condutores Escolares de MS), Rodrigo Aranda Armôa, diz que poucas prefeituras, como de Água Clara ou Alcinópolis fizeram a antecipação, mas, a maioria das prefeituras indeferiu o repasse do recurso.
O retorno parcial das aulas não atende a categoria. “É triste, porque as particulares, desde início, já vinham se preparando para retorno, mas os municípios e estados não têm plano de retorno, estamos parados há seis meses”, explicou Armôa.
No protesto, segundo Armôa, a categoria pede que as prefeituras ofereçam como alternativa a autorização para transporte urbano de passageiros e, na esfera federal, a suspensão da cobrança das parcelas de financiamento de veículos. Para alcançar esse pedido, os empresários estão fazendo protestos similares em outras capitais do País.
O presidente do Siemte-MS (Sindicato das Empresas do Transporte Rural), Carlos Paulo Campos Luzardo, estima que 30% de 250 empresários em Mato Grosso do Sul tiveram que entregar veículos e sair do ramo, sem condições financeiras.
“As empresas atuavam de forma regionalizada, eram a única fonte de renda”, explicou Luzardo. Segundo ele, algumas prefeituras fizeram alternativas de auxílio, como em Ponta Porã, Rio Brilhante e Nova Andradina, além do governo de MS, que fez contrato indenizatório. “Mas são poucos”, disse.
De acordo com o Siemte-MS são transportados diariamente cerca de 40 mil estudantes na zona rural do Estado.