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Cidades

Evo Morales anuncia novas eleições na Bolívia, após quase 20 dias de protesto

Relatório da OEA apontou irregularidades na eleição que deu vitória a Morales e fez manifestantes fecharem fronteira com MS

Silvia Frias | 10/11/2019 08:44
Pronunciamento do presidente Evo Morales depos que de recomendação da OEA (Foto/Reprodução)
Pronunciamento do presidente Evo Morales depos que de recomendação da OEA (Foto/Reprodução)

O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou a realização de novas eleições no país, depois que a auditoria da OEA (Organização dos Estados Americanos) relatou irregularidades no processo eleitoral de outubro, questionando a “integridade dos resultados”.

De acordo com site El Deber, esta madrugada, por meio de comunicado, a OEA aconselhou que o processo eleitoral deveria ser reiniciado, “assim que existam novas condições que deem garantia para sua celebração, entre elas, a nova composição do órgão eleitoral”.

Segundo o relatório, é “estatisticamente improvável” que Morales tenha conseguido os 10 pontos percentuais necessários para evitar uma disputa com o liberal Carlos Mesa , que ficou em segundo lugar.

Fronteira entre Brasil e Bolívia permanece fechada(Foto: Diário Corumbaense)
Fronteira entre Brasil e Bolívia permanece fechada(Foto: Diário Corumbaense)

Em pronunciamento, sem fazer menção à OEA, Evo Morales, disse que a Bolívia atravessa fase de conflitos e, depois de ouvir as organizações sociais, decidiu renovar o Tribunal Supremo Eleitoral.

“Segundo, convocar novas eleições nacionais para que o povo boliviano eleja democraticamente as suas novas autoridades”.

Desde o resultado das eleições, no dia 20 de outubro, a Bolívia vem sendo palco de protestos de eleitores descontentes com resultado da eleição, que apontava nova vitória de Evo Morales. As manifestações chegaram na região em Corumbá, com fechamento da fronteira entre Brasil e Bolívia, que já chega no 19º dia.

Morales havia acusado a oposição no sábado de tentar um golpe de Estado contra seu governo. Um líder da oposição o acusou de ditador, enquanto as Forças Armadas afirmaram que não irão enfrentar o “povo”. (Com informações do O Globo).

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