Falta de contrastes no HR prejudica pacientes há pelo menos 6 meses
Um deles, Paulo Roberto precisa fazer um cateterismo e está internado no Regional desde 9 de novembro
Ainda sem previsão de ser regularizado, o fornecimento de contraste iodado já prejudica os pacientes em Campo Grande desde junho, pelo menos. Mais uma vez o Campo Grande News foi procurado para falar sobre o problema que impede o idoso Paulo Roberto Nunes de Souza, de 70 anos, de receber alta desde 9 de novembro.
A filha dele, Sibelle Soares, conta que não sabe mais o que fazer. Ele chegou ao hospital para fazer uma raspagem de identificação de tumor, mas verificaram que o coração estava fraco e por isso, a necessidade foi de encaminhá-lo para o setor cardíaco. “Nem conseguiram fazer a raspagem”, contou.
Paulo Roberto precisa fazer um cateterismo para desobstruir a artéria do coração e para que o procedimento seja realizado, precisa que haja o contraste. “Toda semana os médicos dizem que na próxima semana chega e nada”, afirma Sibele. Há ainda informações de que a direção do hospital disse a alguns pacientes que o medicamento foi comprado, mas que o fornecedor não entrega.
No fim de novembro, o Governo do Estado já havia retornado sobre a situação e comentou que vai vai investir R$ 3,2 milhões na compra de frascos de contraste radiológico, a pedido da Funsau ( Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul).
Na ocasião, a informação era de que seriam adquiridos frascos de 50ml para atender a demanda do Hospital Regional, que enfrenta desabastecimento do produto e filas de espera para realização de procedimentos médicos e exames.
Também em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) lembrou que o problema é global, e que “conforme nota técnica emitida em julho deste ano pelo Ministério da Saúde para alertar sobre a possibilidade de falta do material, a dificuldade na aquisição de contraste para realização de exames e cirurgias é um problema a nível global”.
Rememorou ainda que “há algumas semanas, o Hospital Regional recebeu um carregamento pequeno de contrastes, contudo não era o suficiente para atender a demanda de toda a macrorregião da Capital, que abrange 33 municípios, uma vez que laboratórios e clínicas contratualizadas seguem com dificuldades na aquisição do material”.
Tal carregamento foi fruto de apreensões da PRF (Polícia Rodoviária Federal), que interceptou contrabando do medicamento, que também é usado em procedimentos de exames de imagem.
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