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Cidades

Governo propõe CNH Social para atender população em vulnerabilidade

Projeto foi entregue pelo Detran ao presidente da Assembleia Legislativa e vai contemplar 5 mil pessoas

Ana Paula Chuva | 20/10/2021 13:05
que Projeto sendo entregue ao presidente da Assembléia Legislativa, Paulo Corrêa. (Foto: Edemir Rodrigues/ Governo MS)
Projeto sendo entregue ao presidente da Assembléia Legislativa, Paulo Corrêa. (Foto: Edemir Rodrigues/ Governo MS)

O diretor-presidente do Detran, Rudel Trindade Junior entregou ao presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa, nesta quarta-feira (20), projeto de lei para emissão de CNH Social para beneficiar a população sul-mato-grossense em situação de vulnerabilidade social. Ainda não há data para a proposta ser votada.

A proposta, que partiu do deputado Paulo Corrêa, que em agosto deste ano fez indicação ao governo do Estado, quer beneficiar aproximadamente 5 mil pessoas por ano que não teriam condições de pagar o processo de habilitação. Com isso, o Estado arcará com todos os custos para emissão de CNH nas categorias A, B ou AB, adição de categoria A ou B e mudança para as categorias C, D ou E.

Conforme explicou o governador Reinaldo Azambuja, o processo gratuito da CNH para a população carente promoverá oportunidades de trabalho e ascensão social, além de reduzir infrações de transito relativas à ausência do documento e também faz parte das ações de fomento e ajuda aos mais afetados pela pandemia de covid-19.

 “A proposta do CNH MS Social representa importante política pública de fomento. O programa deve beneficiar, aproximadamente, 5 mil pessoas por ano que não teriam condições de arcar com o processo de habilitação por meios próprios, além de movimentar a prestação de serviços por médicos, psicólogos e, principalmente, por Centros de Formação de Condutores”, explicou Reinaldo.

Para o diretor-presidente do Detran, além do contexto social, o projeto também traz qualificação e melhorias para o trânsito. Já que um dos maiores riscos de acidentes é a direção por pessoas não habilitadas, principalmente, motociclistas e segundo ele, o investimento do Governo será de R$ 45 milhões nos próximos três anos.

“A pessoa que está dirigindo não habilitada acaba ficando tensa, sempre com medo de alguma operação policial, ela se expõe mais e acaba dirigindo com alta velocidade”, disse Rudel.

Como vai funcionar – O programa cobrirá todos os custos para a retirada do documento, incluindo as 20 aulas práticas e as 45 teóricas exigidas pela legislação de trânsito. Exames médico e psicológico também serão custeados pelo Governo, assim como as taxas. Atualmente, a retirada da primeira via da CNH custa em média R$ 2.860 no Estado.

Para participar do programa, o candidato precisa estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único) do Governo Federal, possuir renda per capita de até 1/2 salário mínimo ou renda total mensal de até 2 salários mínimos e residir em Mato Grosso do Sul há, no mínimo, dois anos.

Do total de vagas, 5% para a primeira habilitação serão destinadas a Pessoas com Deficiência. A Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) fará a verificação da situação de vulnerabilidade social dos beneficiários.

Quem tiver cometido algum crime de trânsito, com sentença penal condenatória transitada em julgado, tiver a CNH ou a Permissão para Dirigir cassada, ou que deseje transferir processo de habilitação iniciado em outra unidade da federação, não poderá participar do programa.

Antes de ser sancionada e regulamentada, a proposta precisa ser aprovada pelos deputados estaduais.

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