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Cidades

Hospital terá R$ 9 milhões da União para comprar aparelho de radioterapia

Equipamento usado atualmente para tratar câncer ficará obsoleto em maio de 2025

Por Cassia Modena | 16/07/2024 12:22
O acelerador nuclear que hoje é usado no Hospital de Câncer Alfredo Abrão (Foto: Divulgação/Governo de MS)
O acelerador nuclear que hoje é usado no Hospital de Câncer Alfredo Abrão (Foto: Divulgação/Governo de MS)

O Hospital de Câncer Alfredo Abrão, que fica em Campo Grande, conseguiu aval para receber R$ 9,4 milhões da União para comprar um novo acelerador linear – aparelho de radioterapia que emite radiação em células doentes do corpo para destruí-las e evitar que se multipliquem.

Pareceres favoráveis à compra foram emitidos em abril e em maio deste ano pelo Ministério da Saúde, com a proposta de que R$ 1,2 milhão em contrapartida seja somado. O próximo passo será a equipe do hospital fazer cotações com empresas para adquirir o aparelho, hoje avaliado em R$ 10.574.888.

O acelerador linear é um dos equipamentos mais caros do mercado de saúde e tem prazo de validade. O que atualmente é usado no Hospital de Câncer Alfredo Abrão, por exemplo, começou a ser usado em 2018 e terá vida útil até 1º de maio de 2025, segundo o fabricante comunicou à própria instituição no ano passado.

Em nota, a assessoria de imprensa do hospital confirmou que aguarda a assinatura de convênio federal para o recurso ser liberado para a compra.

Enquanto isso - A instituição de saúde se comprometeu a estocar peças e fazer manutenção preventiva até a data da obsolescência, enquanto também se adiantou para pedir apoio ao MPMS (Ministério Público Estadual) para conseguir recursos públicos e comprar um novo.

O Alfredo Abrão é gerido por instituição filantrópica e atende pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) por meio de convênios com o Poder Público. Aproximadamente 70% de toda a demanda relacionada ao tratamento do câncer no hospital vem da rede pública, como informou ao Ministério da Saúde.

Fachado do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Fachado do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

O MPMS acompanha a aquisição por meio de um processo administrativo. O órgão é responsável por fiscalizar instituições sem fins lucrativos que prestam serviço aos SUS. Na última movimentação, ele questiona se a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) irá repassar recursos para contribuir com a compra.

Outros equipamentos - Além do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, possuem aceleradores lineares para atender pacientes do SUS em Mato Grosso do Sul, o Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), também na Capital e o Hospital Universitário da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). Portanto, são três em operação no Estado.

Mais dois aceleradores lineares estão garantidos para o setor de radioterapia que é construído dentro do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) e tem previsão de ser concluído ainda este ano, segundo informou a Superintendência do Ministério da Saúde em Mato Grosso do Sul. Obra e equipamentos contam com recursos federais.

Matéria atualizada às 13h49 para acrescentar nota do hospital.

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