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Capital

Hospital vai estocar peças para manter radioterapia na Capital

Instituição também pede apoio para comprar um novo aparelho e não comprometer atendimento

Por Cassia Modena | 12/03/2024 08:47
O equipamento de radioterapia é um acelerador linear instalado no Hospital de Câncer em 2018 (Foto: Divulgação/Governo de MS)
O equipamento de radioterapia é um acelerador linear instalado no Hospital de Câncer em 2018 (Foto: Divulgação/Governo de MS)

Para prolongar a vida útil do aparelho usado para oferecer sessões de radioterapia a pacientes com câncer em Campo Grande, o Hospital de Câncer Alfredo Abrão informou em nota, nesta terça-feira (12), que vai estocar peças vendidas pela fabricante e fazer manutenções preventivas.

É que, diante de aviso que o equipamento ficará obsoleto a partir de 1º de maio de 2025, a instituição filantrópica pediu apoio ao Ministério Público Estadual para receber um novo, financiado com recursos do Ministério da Saúde estimados em R$ 11 milhões. Assim, não deixará de ofertar o atendimento aos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).

Em comunicado enviado ao órgão de controle em outubro do ano passado, o Hospital de Câncer havia citado a medida, mas ressaltando que a aquisição é inevitável: "adotar política para estocar as peças com data mais próxima do fim da sua vida útil foi a estratégia adotada, mas a solução é apenas temporária".

Na rede pública - A instituição filantrópica informou ainda que atende 70% dos pacientes que estão em tratamento na rede pública de Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, a outra alternativa é somente o Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que é entidade pública administrada pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).

Deve reforçar essa teia o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, que está com o setor de radioterapia em obras previstas para terminar entre julho e agosto deste ano. Já há dois aparelhos de radioterapia garantidos para serem instalados lá.

Setor de radioterapia no Hospital Regional de MS está em construção (Foto: Divulgação/Superintendência do Ministério da Saúde)
Setor de radioterapia no Hospital Regional de MS está em construção (Foto: Divulgação/Superintendência do Ministério da Saúde)

 Se nem o Hospital Regional conseguir iniciar logo as sessões de radioterapia e nem o Hospital de Câncer Alfredo Abrão puder manter o atual equipamento operante ou garantir um novo, o cenário em 2025 poderá ser esse serviço do SUS restrito a uma só instituição de Campo Grande: o Humap. O Campo Grande News falou disso aqui.

Pacientes - Ainda na nota enviada hoje, o Hospital Alfredo Abrão informou que atualmente 95 pessoas são atendidas por dia em seu setor de radioterapia.

"Esforços conjuntos estão sendo realizados para que as sessões de radioterapia realizados através do acelerador linear (o equipamento) sejam mantidas com o máximo de qualidade e celeridade, sem interrupções no serviço, até que um novo equipamento seja providenciado", pontuou a instituição.

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