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Cidades

Iraniano acusado de chefiar grupo de extermínio é transferido de MS ao Ceará

Iraniano estava na Penitenciária Federal de Campo Grande desde 2015

Dayene Paz e Silvia Frias | 24/05/2023 11:29
Iraniano acusado por série de execuções em Fortaleza. (Foto: Divulgação/Reprodução)
Iraniano acusado por série de execuções em Fortaleza. (Foto: Divulgação/Reprodução)

Com esquema reforçado de segurança, o iraniano Farhad Marvizi, o "Tony", investigado por chefiar um grupo de extermínio, foi transferido do Presídio Federal de Campo Grande para o Ceará, na manhã desta terça-feira (23). Considerado "perigoso demais", ele possui extensa ficha criminal e condenações por homicídios.

Tony foi transferido com escolta da Polícia Federal. As viaturas foram vistas no Aeroporto Internacional de Campo Grande, na manhã de ontem, e chamaram a atenção.

Conforme apurado pela reportagem do Campo Grande News, Tony estava na Penitenciária Federal da Capital de Mato Grosso do Sul desde 2015, por conta de decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas o prazo de permanência dele se encerrou e, por esse motivo, foi devolvido.

Tony tem 59 anos e morava há 15 em Fortaleza, onde é investigado por uma série de homicídios. Em abril de 2022, foi condenado à pena de 17 anos de reclusão (prisão inicialmente em regime fechado), pelo assassinato do empresário de telefonia móvel Francisco Francélio Holanda Filho, 44 anos. O crime ocorreu em julho de 2010, causou grande comoção social e teve repercussão na imprensa cearense.

Paralelamente às investigações desse caso, estava em andamento, também, a “Operação Canal Vermelho”, comandada pela Polícia Federal, buscando apurar o crime de tentativa de homicídio cometido contra o auditor fiscal da Receita Federal José de Jesus Ferreira, em 9 de dezembro de 2008. O crime também teve Farhad Marvizi como autor intelectual.

Segundo apurado, Farhad trazia eletrônicos de forma ilegal, que vendia em sua loja a preços muito inferiores do que os praticados pelos concorrentes que compravam os produtos legalmente, com nota fiscal. Por sua vez, o auditor passou a fiscalizar a loja de Farhad Marvizi, realizando diversas apreensões de mercadorias. Isso foi o bastante para que Farhad lhe decretasse a sentença de morte. Contudo, José de Jesus sobreviveu.

O grupo criminoso chefiado por Farhad Marvizi também executou, no dia 2 de agosto de 2010, o casal Carlo José Medeiros Magalhães, 41, e Maria Elisabete Almeida Bezerra, 35, como queima de arquivo, pois vinham colaborando com as investigações desenvolvidas pela Polícia Federal.

Condenações - Em 2022, Tony foi sentenciado a 17 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, pela morte de Francelino. Em 2012, foi condenado a 20 anos de prisão por tentativa de homicídio contra o auditor da Receita Federal.

O grupo é listado em, ao menos, 11 execuções e há processos em andamento.

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