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Cidades

Justiça mantém narcotraficante Minotauro em presídio federal

Nome está vinculado a execuções na fronteira entre Brasil e Paraguai relacionadas ao narcotráfico

Guilherme Correia | 17/12/2022 22:01
Sérgio Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”, no dia em que foi preso em Santa Catarina. (Foto: Divulgação)
Sérgio Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”, no dia em que foi preso em Santa Catarina. (Foto: Divulgação)

O narcotraficante Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, de 37 anos, conhecido como Minotauro e apontado como integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), vai permanecer preso em penitenciária federal por determinação do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

Ele é um dos principais chefes do crime organizado na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul e foi condenado a 40 anos e nove meses de prisão pela 2ª Vara da Justiça Federal em Ponta Porã, cidade a 323 quilômetros de Campo Grande.

Segundo apurado pelo portal Uol, o desembargador Francisco Bruno, presidente da Seção de Direito Criminal do órgão, cassou ontem a decisão do juiz Fábio Correia Bonini, da 4ª Vara Criminal de Bauru (SP), que havia autorizado a volta dele para o sistema prisional paulista.

Decisão - No entendimento do magistrado, não houve esclarecimento para que ele saísse do SPF (Sistema Penitenciário Federal).

Para o desembargador Francisco Bruno, o narcotraficante, mesmo depois de preso, continuou com a prática de diversos crimes, "dentre os quais um plano cinematográfico de fuga de integrantes do PCC, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo da facção".

Francisco Bruno se baseou em relatórios e documentos apresentados pelo Depen, MPF (Ministério Público Federal), Polícia Federal, Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo e da SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária).

O caso - “Minotauro” foi preso pela Polícia Federal em 4 de fevereiro de 2019 em Balneário Camboriú (SC). Ele foi encontrado em condomínio de luxo, com diarista, governanta, massagista e até piloto de helicóptero, conforme apuração do Uol.

Em 2012, o criminoso havia sido processado duas vezes por tráfico de drogas pela Justiça de Bauru. Isso aconteceu três anos depois de ter saído em liberdade de uma prisão paulista. Minotauro passou então a ser procurado e por isso fugiu para o Paraguai.

Em setembro de 2020, o juiz Vitor Figueiredo de Oliveira, da 2ª Vara Federal de Ponta Porã, condenou o narcotraficante a 40 anos e nove meses pelos crimes de organização à associação criminosa, tráfico de drogas e falsidade ideológica.

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