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Cidades

Longe da família, 16 mil pessoas moram em locais coletivos; 86% são homens

Maioria está em penitenciária e, entre os que têm mais de 15 anos, 10% não aprenderam a ler e escrever

Por Caroline Maldonado | 06/09/2024 11:28
Interior do Instituto Penal de Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Interior do Instituto Penal de Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Mato Grosso do Sul tem 16.731 pessoas morando em domicílios coletivos, conforme o Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Desse total, 14.425 são homens, ou seja, 86,2% do total, e 2.306 são mulheres.

São pessoas que vivem longe da família, em asilo, penitenciária, hotel, alojamento, albergue, unidade de internação de menores, clínica psiquiátrica, comunidade terapêutica ou outro tipo de domicílio coletivo.

A maioria dessas pessoas está em penitenciárias, centros de detenção e similares. São 11.708 morando nesses locais, sendo 11.041 homens e 667 mulheres.

Entre os que têm mais de 15 anos, 89,5% são alfabetizados, ou seja, 10,4% não sabem ler e escrever. Na faixa de idade de 80 ou mais, quase metade não é alfabetizado.

É a primeira vez que o IBGE divulga dados desse tipo dentro do Censo, traçando um perfil de idade, sexo e alfabetização dos moradores desses espaços de domicílios.

Do total, 1.696 moram em asilo ou instituição de longa permanência para idosos. São 970 homens e 726 mulheres. Há também 519 pessoas vivendo em hotel ou pensão, sendo 333 homens e 186 mulheres.

Idosa e funcionária do Asilo São João Bosco em corredor externo da unidade, em 2022 (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Idosa e funcionária do Asilo São João Bosco em corredor externo da unidade, em 2022 (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Em alojamentos moram 1.222 pessoas, sendo 1.082 homens e 140 mulheres. Estão em abrigo, albergue ou casa de passagem para população em situação de rua 53 pessoas, sendo 46 homens e 7 mulheres.

Em orfanato e similares há 295 crianças e adolescentes, sendo 137 meninos e 158 meninas. Em abrigo, casa de passagem ou república assistencial para outros grupos vulneráveis, moram 241 pessoas. São 160 homens e 81 mulheres nesses locais.

Há 248 pessoas em clínica psiquiátrica, comunidade terapêutica e similares, sendo 172 homens e 76 mulheres. Conforme a pesquisa, 96 estão em unidade de internação de menores, sendo 90 meninos e 6 meninas.

O Censo revela, ainda, que dois homens moram em quartel ou outra organização militar e 651 pessoas em outro tipo de domicílio coletivo, sendo 392 homens e 259 mulheres. O IBGE não detalha que tipos são esses.

Brasil - Em 2022, 837 mil pessoas residiam em domicílios coletivos no país, ou 0,4% da população total.

O tipo com maior número de moradores foi penitenciária, centro de detenção e similar, onde residiam 479 mil pessoas (57,2% do total de moradores de domicílio coletivos e 0,2% do total da população brasileira).

O segundo tipo com mais moradores foi asilo ou outra instituição de longa permanência para idosos, com 161 mil pessoas (19,2% do total de moradores de domicílios coletivos e 0,1% da população brasileira).

Nas penitenciárias, 96% eram homens e 3 a cada 4 moradores tinham de 20 a 39 anos. Apenas nos asilos as mulheres eram a maioria, com 59,8%.

Nas penitenciárias, a taxa de analfabetismo foi de 6,6%, a menor de todos os tipos de domicílios coletivos e ligeiramente inferior ao verificado no conjunto da população brasileira (7,0%). Isso se deve ao perfil mais jovem de seus moradores.

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