Mato Grosso do Sul sai do nível crítico da covid
A razão é atribuída à vacinação, que ao passo que avança, reduz as hospitalizações
Boletim semanal do Monitora Covid-19, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) – que produz a vacina Astrazeneca no Brasil – revela que Mato Grosso do Sul, pela primeira vez em quatro meses, sai do nível crítico da doença. E a razão é atribuída à vacinação, que ao passo que avança, reduz as hospitalizações.
É a primeira vez em 2021, desde março deste ano, que o Estado sai da zona vermelha, conforme avaliações da fundação baseada na taxa de ocupação de leitos intensivos. Para se ter uma ideia, o monitoramento é feito desde julho do ano passado, quando MS começou o combate à pandemia na cor verde, que significa nível de alerta baixo.
Em agosto, MS avançou negativamente ao nível laranja, de alerta – que está agora novamente – e então, volta à cor verde, na qual se manteve até novembro de 2020. De lá para cá, todas as avaliações foram de nível crítico, excetuando-se o mês de fevereiro de 2021.
Na semana avaliada, de 5 a 12 de julho, Mato Grosso do Sul saiu de taxa de 74% de ocupação para 68%, o que o coloca em zona de alerta intermediário, junto com outros 16 estados brasileiros. Dados de hoje do governo do Estado mostram que o índice está em 71,23%, conforme a plataforma Mais Saúde.
Quando os olhos se voltam apenas às capitais brasileiras, Campo Grande está entre 11 também em nível intermediário de alerta, com ocupação de 79%. Hoje, está em 81,54% de acordo com o Mais Saúde.
Os números vão de encontro ao que atesta a SES (Secretaria de Estado de Saúde), que revela queda pela metade nas hospitalizações por covid-19 em MS. Para se ter uma ideia, do total de casos ativos (7.471) nesta quarta-feira, 653 são pacientes internados, 280 em leitos clínicos e 373 em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O secretário de saúde, Geraldo Resende lembra que a fila de espera por um no Estado está com 34 pacientes, mas chegou a ter 250 nas fases mais críticas. Dos atuais 34, 29 são da central de regulação de Campo Grande, 1 de Dourados e 1 da central do Estado.
“O número de internados é 653, o que também é muito bom com relação ao dia 8 de junho, quando havia 1.339 pessoas internadas em MS. Então, nós estamos abaixo da metade dos casos que tínhamos há 35 dias atrás”, destacou.
VACINA - Segundo a Fiocruz, “em termos gerais, segundo a análise, os dados continuam ratificando a tendência de melhora na situação da Covid-19 no país, em consonância com os indicadores de incidência e mortalidade. O estudo reforça que a vacinação tem feito diferença, o que reflete positivamente no quadro pandêmico na medida em que é ampliada”.
No entanto, a fundação mantém alerta quanto às variantes da doença, que podem desbloquear a proteção adquirida com a vacina, e por isso, é importante manter as medidas de biossegurança, uso de máscaras e distanciamento social.