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Cidades

Mecânico e desempregado presos com 1 milhão tinham rotina de viagem à fronteira

Justiça Federal manteve as prisões e MPF aponta que bolivianos “escondem informações relevantes”

Aline dos Santos | 06/11/2020 08:27
Mecânico e desempregado presos com 1 milhão tinham rotina de viagem à fronteira
Fortuna era levada em três malas por bolivianos que foram presos em Corumbá. (Foto: Divulgação/Receita Federal)

Flagrados em 19 de outubro com R$ 1,5 milhão em espécie, dois bolivianos, sendo um mecânico e o outro desempregado, vão continuar presos em Mato Grosso do Sul. Investigação também mostrou rotina de viagens saindo de grandes centros (São Paulo e Rio de Janeiro) para a fronteira com a Bolívia.

Diego Herbas Agudo e Raul Mauricio Espinoza Gandarilla foram presos num táxi em Corumbá, a 419 km de Campo Grande, com R$ 1.556.910,00. Contudo, se depararam com a fronteira fechada e, no retorno, foram surpreendidos pela fiscalização no Postos Esdras, da Receita Federal.

Para o MPF (Ministério Público Federal), as versões dos presos são contraditórias, não declararam exercício de atividade lícita e realizavam viagens, em curto espaço de tempo, de grandes cidades para a fronteira com a finalidade de promover a saída de dinheiro. Para a procuradoria, eles “escondem informações relevantes”.  Contudo, não detalha se a suspeita é de tráfico, contrabando ou lavagem de dinheiro.

No pedido de liberdade provisória, a defesa destaca que os presos têm bons antecedentes, com endereço certo de familiares em Corumbá, prestaram informações no interrogatório e não há risco à garantia da ordem pública.

As prisões foram mantidas pela 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande.

“É que, tratando-se de estrangeiro sem vinculo familiar, afetivo ou profissional com o distrito da culpa, como é o caso dos requerentes, a sua soltura poderá facilitar a evasão para outra localidade do território nacional ou para um dos países vizinhos ao Estado de Mato Grosso do Sul, cujas fronteiras são secas, dificultando ou até impossibilitando a instrução criminal e eventual aplicação da lei penal”, informa a decisão.

O caso deve seguir sob investigação da PF (Polícia Federal).

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