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Cidades

Ministério Público investiga novo desvio, agora de R$ 8 milhões da Apae

No total, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande e Camapuã

Por Viviane Oliveira | 31/07/2024 12:15
Equipes durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (Foto: divulgação) 
Equipes durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (Foto: divulgação)

Na manhã desta quarta-feira, foi realizada a Operação Oscurità contra esquema de desvio de dinheiro público destinado à Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) para o atendimento de pacientes ostomizados que precisam de bolsas coletoras de urina ou fezes. No total, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande e Camapuã, distante 141 quilômetros da Capital.

Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), foi apurado que desde 2021, o ex-coordenador da instituição, Paulo Henrique Muleta Andrade, direcionava as compras realizadas pela entidade para empresas fictícias criadas por ele mesmo, em nome de terceira pessoa, meio pelo qual desviou em seu benefício particular R$ 8 milhões.

A investigação contou com a colaboração da Apae de Campo Grande. Conforme a instituição, após o afastamento do investigado, em dezembro do ano passado, foi registrada uma redução nos custos das compras de produtos antes realizadas pelo ex-coordenador.

Paulo Henrique foi denunciado pelo crime de corrupção passiva na Operação Turn Off. A denúncia foi recebida pelo Judiciário em 28 de junho deste ano. Ele ficou uma semana atrás das grades e, atualmente, responde o processo em liberdade.

O termo Oscurità, do italiano, significa obscuridade, adotado diante da pretensão do investigado de obter cidadania italiana e mudar-se, pedido formalizado após os desvios milionários que vitimaram o Estado e a Apae de Campo Grande. A reportagem entrou em contato com a associação e aguarda retorno.

A investigação é conduzida pela 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, com apoio do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Combate à Corrupção).

Por meio da assessoria de imprensa, a Apae de Campo Grande informou que "tem plena disposição para colaborar com todas as autoridades e entidades envolvidas na investigação, conforme tem feito desde o início". "Estamos profundamente comprometidos em assegurar que os valores e a missão da nossa instituição sejam preservados, e continuaremos a trabalhar para garantir que todos os nossos serviços sejam prestados com a máxima integridade e dedicação", diz a nota enviada à reportagem. A Apae de Camapuã não foi alvo de buscas das equipes.

Matéria editada às 9h54 do dia 1º de agosto para acréscimo de informação. 

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