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Cidades

Mortes por covid seguem caindo, mas instabilidade de casos exige cuidados

Caso população não continue se protegendo, vacinação pode não ser suficiente no momento

Guilherme Correia | 15/07/2021 10:49
Mulher é vacinada contra a covid-19 em Campo Grande; imunização garante maior proteção contra casos graves da doença (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Mulher é vacinada contra a covid-19 em Campo Grande; imunização garante maior proteção contra casos graves da doença (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

Mato Grosso do Sul tem melhor desempenho nacional na vacinação, sendo que atualmente mais da metade da população (52%) já tomou ao menos uma dose e 28% foram imunizados. Isso tem surtido efeito na média móvel de mortes pela covid-19, que tem caído, ainda que o índice diário de novas infecções voltou a apresentar certa irregularidade.

Segundo dados do governo estadual, as mortes caíram mais que a metade nas últimas semanas, se comparado a meados de junho. Eram cerca de 52 vítimas ao dia e agora são 21.

Os casos também tiveram uma grande redução, passando de uma média de 2 mil confirmações a cada 24 horas para cerca de 600. Ainda assim, esse índice tem apresentado algumas variações para cima ou para baixo, o que indica que se a população não tomar os cuidados necessários, mesmo vacinada, poderão ter a doença.

É válido lembrar que, em geral, os imunizantes não são previstos para coibir as infecções pelo vírus. A maior proteção está relacionada com os casos graves da doença, que incluem internação e óbito, e ainda assim não há garantia de 100% de eficácia para nenhuma das quatro patentes aplicadas no Brasil.

Dados atualizados - Todos os dados desta matéria foram verificados no boletim epidemiológico publicado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), que atualizou 751 casos e 25 mortes nesta quinta-feira (15).

A média estadual do uso de leitos de terapia intensiva é de 71%, índice inferior ao que era verificado há algumas semanas, mas ainda preocupante, já que municípios tiveram de maximizar os esforços no combate ao coronavírus, incluindo construção de novas unidades, aquisição de equipamentos e contratação de servidores.

Dividindo essa análise nas quatro macrorregiões de saúde especificadas no SUS (Sistema Único de Saúde), Campo Grande aparece com pior desempenho, com 84% dos leitos ocupados.

Em seguida, vem Três Lagos (72%), além de Dourados (62%), que chegou a decretar lockdown em maio e viu reduzir expressivamente sua fila de espera por leitos, e a de Corumbá (52%), cujo município participou do estudo imunológico da fronteira, que vacinou com doses únicas toda a população adulta.

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