MS recebe líderes de facções após onda de mortes
Grupo de 13 presos vai para penitenciárias federais de Campo Grande, Mossoró e Porto Velho
A penitenciária federal de Campo Grande vai receber lideranças de facções criminosas do Rio Grande do Sul, transferidas durante mega operação desde a madrugada desta quinta-feira (dia 15). De acordo com o jornal digital GZH, o Zero Hora, são 13 detentos, que serão levados para penitenciárias de MS, Rio Grande do Norte (Mossoró) e Rondônia (Porto Velho). Os nomes dos presos não foram divulgados.
Eles são apontados como líderes de quatro facções diferentes no Rio Grande do Sul: uma delas criada dentro de prisões de Porto Alegre, e outras nascidas na Vila Cruzeiro, Bom Jesus e Vale do Sinos. Segundo o jornal, a onda de conflitos entre facções já deixou pelo menos 29 mortos e 42 feridos desde o final de junho.
Do grupo transferido nesta quinta-feira na operação Império da Lei IV, 12 respondem por homicídios, sendo um deles investigado por 23 assassinatos. Outro responde por latrocínio (roubo com morte) e um dos presos soma 59 passagens por tráfico de drogas.
De acordo com nota divulgada no portal do governo do Rio Grande do Sul, a ação é uma reposta ao crime organizado.
A operação começou na madrugada de hoje, por volta das 4h, quando os detentos, que estavam na Pasc (Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas) e na Pmec (Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas), passaram por revista e realizaram teste de covid-19, sendo todos negativos.
A partir das 6h, em um comboio único, 30 viaturas percorreram o trajeto de 55 quilômetros até o Batalhão de Aviação, ao lado do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Os presos foram entregues aos agentes do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e embarcaram no avião da PF (Polícia Federal).