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Cidades

MS volta a vacinar mais de 5 mil pessoas por dia, mas média da 2ª dose cai

Municípios e Estado dependem de repasses federais; em abril, média chegou a quase 2,6 mil vacinações por dia

Guilherme Correia | 05/05/2021 17:00
Vacinas encaminhadas pelo Ministério da Saúde nesta semana, em Mato Grosso do Sul (Foto: Henrique Kawaminami)
Vacinas encaminhadas pelo Ministério da Saúde nesta semana, em Mato Grosso do Sul (Foto: Henrique Kawaminami)

Mato Grosso do Sul vacinou, em média dos últimos sete dias, pouco mais de 5,2 mil pessoas diariamente com 1ª dose. Comparado a quase três semanas atrás, esse índice dobrou. Apesar disso, tem sido feitas, em média, 491 aplicações diárias da segunda dose em pacientes sul-mato-grossenses, número que caiu vertiginosamente.

Conforme o PNI (Plano Nacional de Imunização), o Ministério da Saúde é responsável por comprar e encaminhar vacinas aos estados, que por sua vez fazem o remanejamento aos municípios. Mesmo que os entes municipais tenham certa autonomia para definir o calendário, eles têm seguido as recomendações federais de prioridade e logística. Ao longo dos últimos meses, foram enviados 915,5 mil doses, sendo que foram aplicadas 553,2 mil "primeiras doses" e 219 mil "segundas doses".

Com cerca de 2,8 milhões de habitantes, o Estado já imunizou com duas doses cerca de 7,81% de sua população desde janeiro deste ano, após o início da campanha nacional de imunização. Vale lembrar que, para garantir total eficácia prevista contra a covid-19, são necessárias as duas aplicações - ainda que 19,7% tenha recebido pelo menos uma dose de vacina.

Além disso, vacinas da Astrazeneca - empresa responsável pela patente do imunizante fabricado no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) - tiveram aumento expressivo ao longo das últimas semanas na média de aplicações em Mato Grosso do Sul, enquanto as sino-brasileiras Coronavac, feitas pelo Instituto Butantan, foram reduzindo.

Por não haver disponibilidade dos fármacos, que vêm do governo federal, novas estratégias têm sido tomadas. Na segunda-feira, Campo Grande teve de adiar inclusão de grávidas e puérperas no cronograma de vacinação por conta de mudança no horário de recebimento das vacinas da Pfizer - que entraram recentemente no planejamento e os dados ainda não foram disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

Em nota encaminhada, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informou que a vacinação estava prevista para o início da semana, "uma vez que havia a previsão de chegada de um novo lote de vacinas para esta manhã", mas que o atraso fez necessária "transferência da abertura do novo público".

Procurada, a assessoria da pasta reforça que a aplicação das vacinas está diretamente relacionada à disponibilidade das mesmas. "Desta forma, diante da paralisação da distribuição da Coronavac não só para Campo Grande, mas para todo o Brasil, houve impacto no andamento da aplicação da segunda dose, considerando que grande parcela da população foi vacinada com a primeira dose do imunizante".

Tão logo o fornecimento seja restabelecido e passe a ser feito de forma regular, essa situação será revertida. A utilização das doses segue recomendação do PNI e notas técnicas estabelecidas pelo Governo do Estado", informa a Sesau.

A SES (Secretaria Estadual de Saúde), por sua vez, tem feito orientação aos municípios conforme diretrizes e recomendações vindas da pasta federal, "no intuito de fomentar estratégias e ações de forma a ofertar uma para a população uma vacinação eficiente e segura", também seguindo recomendações técnicas feitas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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