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Cidades

Mulher asfixiada é a 20ª vítima de feminicídio em MS

Homem matou companheira e dormiu dois dias ao lado de corpo

Por Dayene Paz | 19/08/2024 07:05
Karina, que foi morta asfixiada pelo companheiro. (Foto: Redes sociais)
Karina, que foi morta asfixiada pelo companheiro. (Foto: Redes sociais)

Karina da Silva Cunha é a 20ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul este ano. A mulher de 30 anos foi morta asfixiada pelo companheiro, Roberto Tobias Antunes, de 32 anos, com quem mantinha um relacionamento há cerca de três meses. Pedreiro e cantor, segundo relatou à polícia, o homem disse que agiu após ser ameaçado de morte.

Segundo dados da Sejusp-MS (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul), os números de feminicídio superam o mesmo período do ano passado, quando, até 31 de agosto, foram registrados 19 mortes de mulheres no Estado. Em 2023, neste período, foram contabilizados 14,4 mil ocorrências de violência doméstica. Este ano, até o momento, já são 13,2 mil casos.

Karina Cunha entra para este triste quadro de estatísticas. Segundo Roberto, na sexta-feira, a mulher arrombou a residência. "Ela falou que iria me matar na verdade. Ela já tentou várias vezes e eu fiquei quieto, fiquei quieto", disse o homem ao ser preso.

O caso foi descoberto após Roberto ligar para a mãe, que mora no Paraguai, informar que cometeu o crime e fugiria. A mulher contatou algumas pessoas que moram na cidade e avisaram a polícia por meio de denúncia.

A Polícia Militar foi até o endereço neste domingo (18), onde encontrou Roberto na frente da casa conversando com uma mulher. Abordado, o homem levou os agentes até o cômodo onde estava o corpo de Karina, já em estado de decomposição. A vítima foi morta asfixiada e encontrada em cima da cama.

Roberto durante prisão neste domingo. (Foto: Alfredo Neto/JP News)
Roberto durante prisão neste domingo. (Foto: Alfredo Neto/JP News)

Preso em flagrante, ele contou que na noite de sexta teve uma discussão com a companheira e apertou o pescoço dela. Roberto disse não se lembrar do que aconteceu depois, só de ter deitado e dormido ao lado do corpo da vítima. No sábado de manhã, saiu da casa e foi para um local desconhecido. Depois, ligou para a mãe.

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