Na luta com o ‘desconhecido’, covid-19 agora tem novo modo de agir
Secretária-adjunta de saúde reafirmou necessidade de medidas restritivas rígidas na Capital
Curva de novos casos em alta novamente é o que faltava para piorar o combate ao novo coronavírus. Agora a covid-19 tem um “novo modo de agir” no organismo humano, como expôs a secretária-adjunta estadual de saúde, Crhistinne Maymone.
Sintomas que antes apareciam nos primeiros dias em pessoas que tiveram contato com o novo coronavírus, agora estão surgindo quase no fim do isolamento.
“Muitas pessoas só estão manifestando sintomas depois do nono dia'', explicou a secretária-adjunta.
Essa manifestação tardia pode ser um problema, já que o protocolo para isolamento de casos que tiveram contato com pessoas positivadas é de 10 dias. “É uma doença nova, que nós não conhecemos a história natural da doença”, completou.
A secretária-adjunta também falou sobre os casos de reinfecção e que eles estão chamando atenção, pelo fato da “manifestação da doença ser mais forte” num segundo momento.
Todas essas situações estão somadas ao fato da nova faixa etária que covid-19 vem atingindo, pessoas de 20 a 39 anos, que tem a vida mais ativa. Fatos que reforçam as medidas de segurança para evitar novas contaminações.
À reportagem, a secretária-adjunta reafirmou uma posição da SES (Secretaria Estadual de Saúde) de que Campo Grande, uma das cidades com aumento expressivo de casos, precisa de medidas restritivas rígidas por pelo menos 14 dias. Essa posição foi repassada para a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) durante reunião na tarde desta quarta-feira (25).
“Nós já passamos pela pandemia da melhor forma possível até agora. Nesse momento, pra gente continuar passando por isso com sucesso, necessitamos do apoio da população”, concluiu.
De ontem (24) para hoje, Mato Grosso do Sul confirmou 905 casos. Com isso, o Estado contabiliza 94.652 confirmações, conforme o boletim epidemiológico publicado nesta quarta-feira.