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Cidades

Novos presídios da Gameleira terão 1.200 vagas e custarão R$ 90 milhões

Ministro da Justiça, Flávio Dino, se comprometeu a ajudar a tirar do papel as duas unidades

Lucia Morel | 09/03/2023 16:02
Um dos presídios da Gameleira em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Um dos presídios da Gameleira em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Os dois próximos presídios da estrada da Gameleira em Mato Grosso do Sul estão orçados em R$ 90 milhões e juntos terão 1.206 vagas. O governador Eduardo Riedel (PSDB) se reuniu ontem com o ministro da Justiça, Flávio Dino, em Brasília (DF), que se comprometeu a ajudar a tirar do papel as duas unidades. O Campo Grande News relatou a reunião aqui.

De acordo com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), o Estado adquiriu 182 hectares da área da Gameleira, destinando 50 delas especificamente para o sistema prisional. A região já conta com três presídios, sendo dois deles masculinos e com capacidade total para 1.206 presos. A unidade feminina tem capacidade para 407 detentas e deve ser entregue ainda este ano.

Conforme Riedel, “pedimos apoio ao Ministério da Justiça e Segurança Pública na construção de presídios que possam abrigar a população carcerária que está crescendo num ritmo acelerado no Estado por conta da fronteira”.

Superlotação – O secretário estadual de segurança pública, Antônio Carlos Videira, afirma que Mato Grosso do Sul é o estado brasileiro que mais prende, o que acaba gerando déficit de mais de 5 mil vagas no sistema prisional. As detenções são oriundas, principalmente, do tráfico de drogas.

“Quanto mais você apreende, quanto mais você prende, mais você tem esse impacto na segurança pública, tanto no sistema penitenciário, como nas medidas socioeducativas. A droga a Polícia Civil incinera, o veículo utilizado no transporte do entorpecente a Sejusp leiloa, mas o autor do tráfico deve cumprir sua pena nas unidades da Agepen”, afirmou.

Atualmente, 42% da população carcerária do Mato Grosso do Sul é oriunda do tráfico de drogas e, conforme Videira, metade desses presos são de outros estados. Cada preso custa ao sistema penitenciário estadual em torno de R$ 2.500 por mês.

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