Operação Raio-X apura desvio de recursos da saúde em quatro estados e MS
Operação faz parte de outra ação, desencadeada no Pará, que investiga contratos fraudulentos com Organizações Sociais
Operação comandada pela Polícia Civil de São Paulo e Ministério Público do Estado cumpre 64 mandados de prisão e 237 de busca em São Paulo, Mato Grosso do Sul e outros três estados. A investigação apura desvio de dinheiro da área da saúde por meio de contratos de gestão entre municípios e OS (Organizações Sociais).
A Operação Raio-X cumpre mandados em dezenas de municípios do Estado de São Paulo e também em cidades do Paraná, Pará, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. As investigações começaram há dois anos, no noroeste do estado de SP. As irregularidades envolvem empresários, OS e gestores públicos.
Segundo reportagem do Estadão, um dos mandados está sendo cumprido na Câmara Municipal de São Paulo, contra o chefe do gabinete do vereador Eliseu Gabriel e primeiro secretário do PSB. Os agentes estiveram na Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo a PF, os crimes sob investigação são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A Raio-X está diretamente ligada a outra ação deflagrada hoje, a Operação S.OS. esta, sob responsabilidade da PF (Polícia Federal). Segundo reportagem do Estadão, os agentes fazem buscas no gabinete do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), no Palácio dos Despachos, e prendeu o ex-chefe da Casa Civil e atual secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Persifal de Jesus Pontes, secretário de Transportes Antônio de Pádua e assessor de gabinete, Leonardo Maia Nascimento.
A Operação S.O.S foi desencadeada em Belém, Capanema, Salinópolis, Peixe-Boi, Benevides (PA), Goiânia (GO), Araçatuba e outras cidades de São Paulo.