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Cidades

Para arcebispo da Capital, Campanha da Fraternidade é aliada da Quaresma

Pelo menos 700 pessoas acompanhavam a celebração que invocou o tema deste ano: “Fraternidade e Amizade Social”

Por Lucia Morel e Mylena Fraiha | 18/02/2024 11:17
Dom Dimas durante celebração de abertura da Campanha da Fraternidade 2024 na Catedral Santo Antônio. (Foto: Juliano Almeida)
Dom Dimas durante celebração de abertura da Campanha da Fraternidade 2024 na Catedral Santo Antônio. (Foto: Juliano Almeida)

“A Campanha da Fraternidade foi criada para ajudar os católicos a viverem da melhor maneira possível a própria Quaresma”, afirma o arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa. Em missa de abertura esta manhã na Igreja Santo Antônio, na avenida Calógeras, centro da Capital, Dimas sustentou que a campanha e a Quaresma, que começam no mesmo período todos os anos, são aliadas.

“Querem dizer que ela desvia a atenção do verdadeiro espírito da Quaresma, mas é justamente o contrário. Na Quaresma, somos chamados a viver de maneira mais intensa a conversão, a oração, o jejum e a caridade. Tudo isso a Campanha da Fraternidade pretende nos ajudar a fazer, especialmente no que diz respeito à fé e à vida”, disse o arcebispo aos fiéis.

Pelo menos 700 pessoas acompanhavam a celebração que invocou o tema deste ano: “Fraternidade e Amizade Social”, com o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs”, retirado de trecho da Bíblia em Mateus 23,8).

Igreja estava lotada durante a missa esta manhã. (Foto: Juliano Almeida)
Igreja estava lotada durante a missa esta manhã. (Foto: Juliano Almeida)

Para Dom Dimas, o tema deste ano tem alto valor significativo, já que remete à “cultura do diálogo”. “Este ano, o tema é ainda mais adequado ao processo de conversão, pois trata da amizade social. E o que é essa tal de amizade social? Na realidade, somos convidados a uma verdadeira mudança de mentalidade, no sentido de que a amizade social significa desenvolver a cultura do diálogo, do encontro”, sinaliza.

O arcebispo completa, reforçando o caráter que a Igreja Católica deve ter, de ser uma congregação, em suas palavras, samaritana. Devemos “ser, cada vez mais uma igreja samaritana, que vai ao encontro dos necessitados, perguntando não apenas quem é o meu próximo, mas o que Jesus perguntou no fim da parábola: o que posso fazer para ser próximo daquele que está em necessidade?”, pontua.

Entre os fieis ouvidos pelo Campo Grande News, a repercussão da Campanha da Fraternidade 2024 e a Quaresma andam de mãos dadas. Ricardo Divino Vantin, de 43 anos, avalia que cada família tem uma forma de viver o período, mas no caso dele, a família vai focar no relacionamento dentro de casa, diminuindo o uso do celular. “Estamos mais voltados para a espiritualidade. Tenho pregado sobre recolhimento e reflexão pessoal, buscando momentos de penitência e introspecção”, disse.

Fiel em momento introspectivo durante a celebração. (Foto: Juliano Almeida)
Fiel em momento introspectivo durante a celebração. (Foto: Juliano Almeida)

Coordenadora da Pastoral do Migrante em Mato Grosso do Sul, Niura Montalvão, é praticante tanto do catolicismo quanto de religião de matriz africana e afirma ser o momento da Quaresma e da campanha “para todos nós”. “A Quaresma, no meu entendimento, não é só religião. Ela é sentimento”, avalia.

Nas palavras do Papa Francisco sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2024, a amizade social “É o amor presente nas relações sociais. É o amor como base da relação entre as pessoas e os povos. É a vida em comunidade feita de irmãos que se acolhem mutuamente e cuidam uns dos outros, superando as inimizades. A amizade social é um valor precioso, é um dom de Deus aos seres humanos”.

Segundo a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a campanha terá cinco semanas intensas de mobilização, que culminarão na Coleta Nacional da Solidariedade, no dia 24 de março, no fim de semana do Domingo de Ramos. Só em 2023, com recursos da coleta, foram apoiados 240 projetos sociais em todo o país. Projetos que devolveram a dignidade as pessoas, por meio desenvolvimento humano integral.

Coordenadora da Pastoral do Migrante em Mato Grosso do Sul, Niura Montalvão. (Foto: Juliano Almeida)
Coordenadora da Pastoral do Migrante em Mato Grosso do Sul, Niura Montalvão. (Foto: Juliano Almeida)

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