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Cidades

Para internados com covid, Natal é entre vizinhos de leitos e linha de frente

Pacientes com covid não podem receber visitas por causa do contágio da doença

Marcos Rivany | 24/12/2020 20:03
Para internados com covid, Natal é entre vizinhos de leitos e linha de frente
Paciente com covid-19 é cuidado por profissional de saúde da linha de frente. (Foto: Kísie Ainoã / Arquivo)

O boletim epidemiológico, divulgado hoje (24) pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), mostrou que em todo o Estado 688 pacientes, que estão com a covid-19, irão passar a noite de Natal internados, seja em um leito clínico ou de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). No feriado mais família do ano, para essa pessoas, encontrar com um parente será impossível.

Dentro de um quarto, o único ‘Feliz Natal’, à 00h, virá do vizinho de leito e de quem está na linha de frente de combate à doença, os profissionais que com todo o cuidado do mundo, partem para a "briga", sem tempo para descanso, na luta contra o ‘invisível’.

Pois é, esse é o primeiro Natal com uma doença nova no mundo. Essa é a primeira vez em que muita gente vai passar o Natal sozinho, porque pegou o tal coronavírus.

Como em todo o Natal, o amor é a palavra de ordem, sentimento que mesmo de longe, quem espera sair com vida do hospital, não vai deixar de receber. Difícil imaginar o valor de uma alta médica.

Só quem já esteve internado em um dia que todo mundo exalta felicidade, seja entre familiares ou amigos, sabe o quanto a canetada de um médico com um atestado de “curado” seria fundamental.

“Em 2018, precisei ser internada por embolia. Fui para o hospital dias antes do Natal. No dia 23, não teve coisa melhor do que receber a notícia de que eu iria comemorar com família”, contou uma jornalista ouvida pela reportagem.

Os dados são difíceis de serem ‘engolidos’, enquanto muitos cogitam festas incríveis com várias pessoas, em Campo Grande 109% dos leitos de UTI estão ocupados. Cheios. Lotados.

Para quem está internado a comemoração do Natal terá de ser ao lado das poucas pessoas que podem ficar por perto: os médicos, enfermeiros e os próprios pacientes. Para eles também não há presente melhor do que a tão esperada cura.


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