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Cidades

Pesquisa busca voluntários para novo tratamento de colesterol genético

Cardiologista explica que a pesquisa ajuda no diagnóstico e auxilia pacientes para evitar infarto

Por Izabela Cavalcanti | 08/04/2025 12:34
Pesquisa busca voluntários para novo tratamento de colesterol genético
Pessoas participando de campanha de corrida, em Campo Grande (Foto: Osmar Veiga)

Estudo inédito irá ajudar uma realidade pouco discutida e preocupante para quem vive: a HF (Hipercolesterolemia Familiar), que é o aumento do colesterol de origem genética. No Brasil, estima-se que mais de 700 mil pessoas vivam com a doença, mas a maioria ainda não foi diagnosticada, e em Mato Grosso do Sul, não tem dados compilados.

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Um estudo inédito no Brasil está investigando a Hipercolesterolemia Familiar (HF), uma condição genética que eleva o colesterol e afeta mais de 700 mil pessoas no país. O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em Mato Grosso do Sul, participa da pesquisa que avalia uma estratégia alimentar adaptada ao Brasil, com ou sem suplementos naturais. A HF pode causar infartos e AVCs precoces, mesmo com dieta e medicamentos. O estudo visa aumentar diagnósticos precoces e testar novas abordagens de tratamento. Participantes devem ter 16 anos ou mais, com diagnóstico de HF, e não podem ter certas condições médicas. Interessados podem contatar o hospital para participar.

Hábitos saudáveis como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e atenção aos rótulos de produtos — que alertam para o alto teor de gorduras saturadas, açúcares e sódio —, não são suficientes para quem convive com essa condição.

Em Mato Grosso do Sul, o Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian é quem está participando do levantamento nacional. O objetivo é avaliar os efeitos de uma estratégia alimentar adaptada à realidade brasileira, associada ou não ao uso de suplementos naturais como fitosteróis e óleo de krill.

A hipercolesterolemia é uma condição hereditária, que faz com que o organismo produza níveis muito elevados de colesterol “ruim” e que pode levar a infartos e AVCs precoces, mesmo com dieta equilibrada ou uso de medicamentos.

Conforme explica a cardiologista, Adriana Lugo Ferrachini, principal investigadora do estudo no Hospital Universitário, o estudo ajuda no aumento da possibilidade do diagnóstico.

“Além do estudo testar uma nova abordagem para o tratamento desta doença, ele também está auxiliando no aumento do diagnóstico e consequentemente os pacientes estão iniciando o tratamento em uma fase precoce da doença, antes do infarto como era comum no passado. O estudo foi iniciado pois a hipercolesterolemia familiar é uma causa genética comum de doença coronariana prematura, especialmente de infarto do miocárdio”, enfatizou.

Ainda de acordo com a profissional, o diagnóstico ocorre por critérios clínicos e laboratoriais. “No exame físico podemos observas depósitos de colesterol no pele, taxas elevadas de LDL-c ou colesterol total no sangue e história familiar de hipercolesterolemia ou doença coronariana prematura. Sabemos que muitos pacientes não estão com os níveis de colesterol LDL (ruim) controlados, mesmo em uso das medicações disponíveis no mercado, pratica de atividade física regular e dieta pobre em alimentos com alto teor de gordura”, completou.

Pesquisa - Podem participar pessoas a partir de 16 anos com colesterol alto, com histórico familiar, diagnóstico provável ou definitivo de HF, que estejam em uso de estatinas ou estatinas com ezetimiba há pelo menos 6 semanas.

Não podem participar aqueles que apresentam condições como alergias alimentares graves, obesidade grau III, doenças autoimunes ou medicamentos que possam interferir no estudo.

Os voluntários irão passar por uma triagem e, se estiverem aptos, serão acompanhados durante 4 meses, com avaliações médicas e nutricionais gratuitas; orientações alimentares personalizadas; suplementos fornecidos sem custo (ou placebo, conforme sorteio aleatório); coleta de exames laboratoriais e acompanhamento contínuo com a equipe de pesquisa.

Quem quiser participar, entre em contato com o Hospital Universitário, pelo número (67) 3345-3352.

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