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Cidades

Policial militar condenado e alvo de investigação consegue "promoção"

Progressão funcional do policial Rafael Leguiça foi publicada no Diário Oficial do Estado

Leonardo Rocha | 07/12/2020 11:46
Sede da Polícia Militar de MS, no Parque dos Poderes (Foto: Saul Schramm - Governo MS)
Sede da Polícia Militar de MS, no Parque dos Poderes (Foto: Saul Schramm - Governo MS)

O cabo da Polícia Militar, Rafael Leguiça Flores, condenado por peculato e falsidade ideológica e que também foi alvo de Operação da Polícia Federal, teve hoje progressão funcional por tempo de serviço, saindo do nível II para o III, a partir de julho de 2020. Ele continua preso no Presídio Militar, em Campo Grande.

A portaria que traz esta progressão funcional ao cabo foi publicada hoje (07), no Diário Oficial do Estado, assinada pelo Coronel Emerson de Almeida Vicente, que é diretor de Gestão de Pessoal da Polícia Militar.

Nesta publicação, além de Rafael Leguiça, mais cinco policiais também receberam “progressão funcional”, que se trata de uma é a passagem do servidor para nível ou classe superior na mesma categoria.

No Portal de Transparência, o cabo aparece com remuneração de R$ 4.679,46. Ele se envolveu em várias polêmicas e investigações nos últimos anos. Rafael foi condenado por peculato e falsidade ideológica, referente a um fato ocorrido no dia 4 de setembro de 2019.

Na acusação, o MPMS (Ministério Público de MS) o denunciou por apropriação de materiais eletrônicos, contrabandeados do Paraguai e que foram apreendidos durante fiscalização.

Também foi alvo de Operação “Trunk” realizada pela Polícia Federal, que investigou a facilitação de contrabando de cigarro paraguaio, no entanto segundo a defesa ele foi absolvido desta acusação, restando apenas as outras condenações.

Briga – No mês passado se envolveu em uma briga no Presídio Militar, com Lúcio Queiroz Silva, preso por duplo homicídio. Segundo as autoridades as agressões ocorreram durante partida de futebol, em que Leguiça teria chamado Queiroz de “corno”, já que este é réu por ter matado a tiros a esposa e um homem que acreditava ser amante dela.

Após troca de ofensas, Lúcio Silva acertou o cabo com golpes de cabo de vassoura na mão, cotovelo e cabeça, sendo este último socorrido e levado para o Hospital da Cassems.

A assessoria da Polícia Militar informou que o cabo "não foi promovido" e ainda encontra-se preso de forma preventiva no Presídio Militar. "A publicação em diário oficial é decorrente de progressão funcional, conforme o disposto no inciso IV, parágrafo primeiro do art. 26 da Lei Complementar n. 127 de 15 de maio de 2008 e não se confunde com promoção", diz a instituição.

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