Procissão é hora de fiel mostrar devoção e agradecer bênçãos
No dia da padroeira, procissão segue pelas ruas do bairro Moreninhas até missa no Parque Jacques da Luz
É na missa e na procissão em homenagem à Nossa Senhora Aparecida que os fiéis demonstram toda sua devoção à Padroeira do Brasil. Nas Moreninhas, seguem a pé ou de carro até a missa prevista no Parque Jacques da Luz e relatam histórias pessoais de encontro com a Maria, mãe da Misericórdia.
“Em primeiro lugar, os fiéis precisam saber que tem uma mãe que intercede por nós, a mãe que apareceu primeiramente lá em Portugal e, depois, em Aparecida”, relata o padre Jucelândio José do Nascimento, da Paróquia das Moreninhas, no Bairro Cidade Morena.
Há nove noites que os fiéis se reúnem em orações, em homenagem à Nossa Senhora e hoje, na celebração do dia da padroeira, foi realizada a oração de Laudes (santificação do tempo da manhã).
Às 8h30, o grupo formado por cerca de 150 pessoas e outros que seguem de carros, saiu em procissão, em trajeto que deve durar pouco mais de dois quilômetros até o Parque Jacques da Luz.
No grupo, estava a aposentada Sebastiana Ferreira de Souza, 79 anos, que frequenta a paróquia há 60 anos. Com pequena santa colada na camisa e a marmitinha a tiracolo: “tenho diabete”, a idosa conta que se tornou devota aos 7 anos, quando foi levada à igreja pelo vizinho. Os pais eram alcóolatras e foi a religião que a ajudou a enfrentar os problemas familiares.
Sebastiana conta que já teve várias graças alcançadas, graças à Nossa Senhora. Lembrou quando o marido sofreu derrame e a primeira reação foi jogar água benta sobre ele. “Ele foi para hospital, eu rezei muito, ele ficou oito dias e não teve sequelas”, diz.
Outra graça que atribui à Nossa Senhora é o fato de o filho ter parado de beber. “Ele bebia e quebrava a casa toda”.
Segundo ela, a fé lhe proporcionou uma visita. Conta que ajudou uma senhora a descer do ônibus e chegar até a porta da igreja. “Fui lavar meus olhos na pia e, quando olhei de novo, ela se transformou em Nossa Senhora, com manto em tudo”. Depois, correu para olhar mais de perto e a pessoa foi em direção ao altar. “Aí olhei e lá estava ela, a imagem”.
Quem também sempre recorre à Nossa Senhora Aparecida é a aposentada Maria Inês de Moura Peregrine, 65 anos, há 38 anos na Paróquia das Moreninhas. Em 2000, a irmã foi vítima de cinco tiros, disparados pelo ex-marido. “Desde o primeiro momento, comecei a orar e pedir á Nossa Senhora”, relembra. A irmã ficou dois meses na UTI hospitalar e sobreviveu.
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